Os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em greve desde o dia 6 de junho deste ano, fazem nesta manhã mais uma assembleia. Eles vão debater a determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para que pelo menos metade dos servidores retomem para os postos de trabalho. A assembleia começa às 10 horas, no Restaurante Universitário da Reitoria.

A decisão judicial foi publicada no Diário da Justiça, e prevê multa de R$ 50 mil por dia caso os sindicatos descumpram a determinação. A ação foi protocolada pela Advocacia Geral da União (AGU) no dia 25 de junho). A AGU conseguiu demonstrar que a manutenção do movimento grevista sem garantir parte do trabalho administrativo dentro das instituições prejudicaria centenas de estudantes.

Na UFPR, as aulas foram adiadas por duas vezes. Na sexta-feira passada, o Conselho de Educação, Pesquisa e Extensão (Cepe) se reuniu e novamente adiou o retorno das aulas para o dia 15 de agosto. Com a greve, setores essenciais para a normalidade das aulas não funcionam, como a de matrículas. Também estão fechados os três restaurantes universitários. Na semana passada, os estudantes da Federal também haviam decidido não comparecer às aulas enquanto a universidade não oferecer um mínimo de estrutura necessária.

Docentes — Mas mesmo com a decisão do STJ, as aulas nas universidades federais brasileiras continuam em risco. Hoje, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) tem um encontro com representantes do Ministério do Planejamento. Os professores enviaram uma pauta de emergência para o ministério mas, caso não haja um sinal de que haverá negociação desta pauta, os professores das federais também podem parar. Os professores da UFPR decretaram o indicativo de greve em assembleia na última quinta-feira.