Valter Campanato/Arquivo ABr

O atual momento, aliado a crise econômica e o isolamento social estão trazendo consequências para a saúde de muitas pessoas e o bruxismo é uma delas.

A ansiedade e o estresse são fatores que contribuem para o bruxismo, hábito prejudicial e que – segundo dados da Organização Mundial da Saúde – atinge 40% da população brasileira. Trata-se de apertar os dentes de forma involuntária, durante o dia ou durante a noite.

De acordo com uma pesquisa divulgada pela Ipsos, em junho, os brasileiros são os que mais sofrem de ansiedade entre os 16 países envolvidos no levantamento. Quatro em cada dez entrevistados no Brasil afirmaram experimentar algum nível de ansiedade (41%).

SINTOMAS – De acordo com o ortodontista especializado em Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial, Bruno Cerci, o bruxismo tem uma série de sintomas que se agravam caso não sejam tratados. “Falamos em dor de cabeça, dor no pescoço, dor na mandíbula, desgaste e quebra dos dentes e implantes, alterações no esmalte, no sono e estalos ao abrir e fechar a boca”, explica.

Um dos sinais de alerta para procurar um especialista é acordar com cansaço ou dor nos músculos da mandíbula. Segundo o especialista, o diagnóstico deve ser feito de forma criteriosa. “Envolve conversa com o paciente (anamnese), somada ao exame clínico e avaliação de possíveis causas dos sintomas de acordo com o histórico médico e odontológico, além dos fatores genéticos”, explica.

O tratamento inclui o uso de placas de proteção específicas para evitar o desgaste dos dentes e acompanhamento com especialista.

TECNOLOGIA – Na clínica Cerci Ortho, em Curitiba, os pacientes contam com uma tecnologia capaz de realizar o escaneamento intraoral completo do fluxo ortodôntico. O equipamento – chamado iTero2 – permite mostrar aos pacientes como seus dentes estão se movendo ao longo do tempo e os resultados do tratamento planejado.

“O equipamento possibilita o escaneamento completo para a confecção de placas de bruxismo e, além disso, possui a função Time Lapse que permite acompanhar as mudanças nos dentes e nas gengivas ao longo de todo o período de tratamento”, ressalta o Bruno.