A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) monitorou mais de 80% dos navios que atracaram no Porto de Paranaguá em 2016 para avaliar a salinidade e procedência da água de lastro das embarcações.

O Programa de Verificação do Gerenciamento da Água de Lastro dos Navios é uma ação que contribui para o monitoramento ambiental da baía de Paranaguá. Entre os meses de janeiro e dezembro de 2016, 949 navios – de um total de 1.1185 que atracaram no Porto – receberam equipes técnicas da Appa.

Entre todas as embarcações monitoradas, apenas uma estava em desconformidade com a legislação e apresentou o índice de salinidade inferior a 3%. Neste caso, os técnicos da Appa garantiram com o comandante do navio que a água fosse balanceada, evitando a possibilidade de que a água salobra do navio trouxesse microorganismos de baías de outros continentes para a baía de Paranaguá.

Risco para a biodiversidade
O principal objetivo do monitoramento da água de lastro é evitar a contaminação biológica. Isso porque a água de lastro pode transportar grandes concentrações de organismos dos mais variados, incluindo bactérias, vírus, larvas de crustáceos e moluscos e ovos ou juvenis de peixes. Quando os ecossistemas de origem e destino apresentam algum tipo de similaridade, permitindo a sobrevivência e reprodução de espécies, estes organismos se introduzem na cadeia, provocando sérios desequilíbrios, que repercutem não apenas na questão ambiental, mas chegam a comprometer muitas atividades econômicas.

Prejuízos econômicos das espécies exóticas invasoras
Estima-se que mais de 100 milhões de toneladas de água de lastro sejam lançadas anualmente no litoral brasileiro. Um exemplo de espécie exótica invasora é o mexilhão dourado (Limnoperna fortunei), espécie originária da Ásia. Trazido pela água de lastro, o mexilhão dourado infestou o continente sul-americano e se reproduziu livremente por não ter predadores naturais. A presença desse organismo também destrói a vegetação aquática, disputa espaço e alimentos com os moluscos nativos, entope canos e dutos de água, de esgoto e de irrigação, obstrui as turbinas de usinas hidrelétricas e compromete equipamentos dos navios.

Hoje, as espécies exóticas invasoras são consideradas a segunda maior causa de perda de biodiversidade do planeta e representam uma das maiores ameaças ao meio ambiente, com enormes prejuízos à economia e aos ecossistemas naturais, além dos riscos à saúde humana.

Temperatura global bate recorde pelo 3o ano consecutivo
A Administração Nacional e Atmosférica dos EUA (NOAA) divulgou, na última semana, que 2016 bateu recorde de temperatura, mantendo a sequência de aquecimento dos últimos tempos. Apesar de associarem a elevação nos termômetros dos três anos passados ao fenômeno climático El Niño, os pesquisadores deixam claro que esses aumentos são parte de uma mudança muito maior no clima.

O Ártico é a região do globo que mais sofreu com as variações no aumento da temperatura. Por anos a camada de gelo da região tem diminuído, resultando em problemas como erosão nas áreas costeiras, por exemplo. Em 2016, a Índia também registrou o dia mais quente de sua história, chegando a 51oC. Os especialistas acreditam que, devido ao El Niño, 2017 seja um ano menos quente. Mas, segundo eles, isso não significa que o aquecimento não tenha relação também com a quantidade de gases de efeito estufa presente na atmosfera.

Curitiba pode ter multa de até R$ 980 para quem jogar lixo na rua
O curitibano que jogar no lixo na rua pode passar a ser multado. O valor previsto em um projeto de lei na Câmara Municipal é de até R$ 980. O projeto, de autoria do vereador Felipe Braga Cortes (PSD), será reapresentado na Câmara neste ano. A proposta estava disponível para votação em plenário desde outubro de 2013. No entanto, como não foi votada até dezembro do ano passado, a iniciativa acabou sendo arquivada com o fim da legislatura em 2016.

Pela proposta, guardas municipais e funcionários da limpeza pública que flagrarem pessoas jogando lixo em locais inadequados devem fazer uma advertência. A proposta prevê que a multa varie de acordo com o tamanho do objeto descartado. De acordo com o autor do projeto, nos primeiros meses, a ideia é fazer com que o cidadão seja informado sobre a lei, para depois iniciar a cobrança de forma integral.

Painéis solares geram economia e sustentabilidade
A instalação de painéis residenciais de captação de energia solar é uma opção de investimento que permite economia na conta de luz e independência das distribuidoras de eletricidade. O sistema fica em R$ 16 mil, segundo a coordenadora da campanha de Energias Renováveis da organização não governamental (ONG) Greenpeace, Bárbara Rubim.

É um investimento que vai se pagar em uma média de sete anos e gerar retorno para a pessoa, ressaltou Bárbara em entrevista à Agência Brasil.

Em 2015, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estimava que até 2024 poderiam ser instalados até 620 mil painéis voltaicos em telhados residenciais. Para a microgeração de consumidores comerciais, a projeção é que os sistemas podem chegar a 82 mil equipamentos. Eles captam a luz solar e a transformam em eletricidade que abastece o imóvel. O excedente pode ser lançado na rede de distribuição e convertido em créditos a serem abatidos da conta de luz do consumidor.