Com as temperaturas mais baixas, a incidência de doenças vasculares periféricas costuma ser até duas vezes mais comum em pacientes com fatores de risco. Este perfil é formado por fumantes, sedentários e idosos, ou ainda naqueles que sofrem de diabetes, obesidade, colesterol e hipertensão.
Causadas pela obstrução dos vasos sanguíneos devido ao depósito de gordura, cálcio e outros resíduos celulares, as doenças vasculares periféricas podem trazer problemas ainda mais sérios no frio devido a vasoconstrição, que podem levar, em casos avançados, à amputação de um membro.
A deficiência de irrigação muscular pode ser detectada por meio de alguns sintomas. No entanto, os primeiros alertas só aparecem quando o nível de obstrução de uma artéria é de pelo menos 70%. Também conhecida como claudicação intermitente, essa insuficiência circulatória causa dores na panturrilha, ao repousar ou ao caminhar pequenos percursos, conta especialista em angiologia, cirurgia vascular e endovascular, José Fernando Macedo, do Instituto de Angiologia e Cirurgia Vascular de Curitiba (IACVC). A pele fica seca e descamativa, o pé frio e insensível, podendo evoluir para uma isquemia crítica dos membros inferiores, explica.
A doença vascular periférica também pode causar úlceras de perna e, em casos mais sérios, a amputação. Apesar de não ter cura, 75% a 80% dos pacientes melhoram ou estabilizam o quadro com caminhadas e combatendo os fatores de risco. Para evitar complicações, o tratamento pode ser feito com exercícios físicos ou também por meio de terapia cirúrgica e endovascular, como por exemplo a angioplastia.
Fazer exercícios físicos de maneira constante, não fumar e controlar o peso é muito importante para evitar problemas de circulação. Além disso, controlar os níveis de açúcar no sangue e colesterol também são peças-chave, ressalta Macedo. Por isso, manter hábitos saudáveis e visitar regularmente o médico angiologista e cirurgião vascular é fundamental para fazer o controle e prevenção a possíveis disfunções de circulação.

Doenças vasculares periféricas
Grupo de risco
Fumantes, sedentários e idosos, ou ainda naqueles que sofrem de diabetes, obesidade, colesterol e hipertensão.

Sintomas frequentes
Dores na panturrilha ao caminhar pequenos percursos ou ao repousar
Pele seca
Pele descamativa
Pé frio
Falta de sensibilidade na pele das pernas e dos pés

Risco do não tratamento dos sintomas
Quadro pode evoluir para uma isquemia crítica das pernas
Aparecimento de úlceras
Amputação das pernas

Tratamento
Deve ser feito com exercícios físicos ou também por meio de terapia cirúrgica e endovascular, como por exemplo a angioplastia

Inverno: bom para tratar varizes
O tratamento de varizes com crioescleroterapia é apenas uma das formas possíveis de solucioná-las. As outras são a cirurgia, a escleroterapia de telangiectasias, a escleroterapia de varizes com espuma densa, guiada por ultrassom, o laser transdérmico e a microcirurgia.
Cada método é indicado para casos específicos, ou seja, nem todas as técnicas podem ser empregadas no tratamento de todos os tipos de varizes. A abordagem a ser utilizada é definida pelo cirurgião vascular de acordo com as necessidades de cada paciente. A crioescleroterapia é recomendada para tratar varizes pequenas, chamadas telangiectasias, que possuem calibre menor do que dois milímetros e estão dispostas sob a pele de forma linear e sinuosa.
Geralmente, o formato desse tipo de variz assemelha-se ao de uma teia de aranha. É simples diagnosticá-las. O cirurgião vascular consegue identificá-las por meio de um exame clínico que é feito no próprio consultório, mas pode solicitar a realização de um ultrassom para confirmar a extensão da doença e definir como será feito o tratamento de varizes com crioescleroterapia e contras do tratamento de varizes com crioescleroterapia.
O tratamento é feito em mais de uma sessão e o médico precisa avaliar quantas serão necessárias para eliminar todas as telangiectasias. Essa avaliação é realizada nas primeiras consultas, mas a quantidade de aplicações pode mudar de acordo com a resposta do organismo à crioescleroterapia.
Algumas vezes, o corpo pode apresentar reações adversas ao medicamento utilizado, que é resfriado a 20 graus negativos antes de ser administrado no interior das veias para extingui-las. Ou, também, a pessoa pode não tolerar o contato das agulhas bem finas, usadas para injetar o medicamento, com a pele.
Tudo isso precisa ser avaliado pelo médico e a paciente durante o tratamento, e novas abordagens podem ser definidas quando o resultado não for o esperado. Mas essas reações dificilmente acontecem. O mais comum é o organismo responder bem à crioescleroterapia e a paciente conseguir tolerar a dor, que é amenizada pelo uso do medicamento resfriado.
O frio tem propriedades analgésicas, além de colaborar com a destruição dos vasos que já não desempenham as funções fisiológicas adequadamente.
Algumas manchas roxas podem surgir na pele após a crioescleroterapia. Nesse caso, as pernas precisam ser protegidas do sol para não ficarem marcadas permanentemente. O tratamento de varizes com crioescleroterapia não exige nenhum cuidado além desse. A rotina da paciente continua a mesma depois das aplicações. É possível retornar às atividades habituais assim que a sessão for concluída.