Seja para usufruir da atuação da cafeína ou apenas como um mero hábito diário, a maioria da população adora uma pausa para um cafezinho. Mas a verdade é que o consumo da bebida vai muito além do costume, pois o momento serve como descontração e relaxamento, uma pausa para afastar o sono, retomar a concentração e ativação da memória. Uma tendência que vem crescendo dentro das empresas é o tempo do café como auxílio para o aumento da produtividade.

A cafeína, principal componente do café, atua nos processos de ativação da atenção. Ao incentivar a liberação de dopamina, uma xícara da segunda bebida mais comum do mundo — perdendo apenas para a água — pode melhorar a disposição e, consequentemente, fazer o indivíduo voltar mais disposto para o que estava fazendo anteriormente na mesa do escritório. E essa não é apenas uma opinião do senso comum. Segundo a coach Karina Reis, diretora da Cannoh Desenvolvimento Pessoal e Profissional, estudos comprovam que pequenas pausas aumentam em 30% a produtividade ao fim de um dia de trabalho.

Fernando Taschetto, diretor da AB Café, empresa especializada em venda e locação de máquinas de café, atua há 12 anos no ramo e afirma que os clientes dão ótimos feedbacks da melhora na interação entre os funcionários. As pausas servem como uma forma de interagir com o seu colega de trabalho, explica.

Um exemplo de pausa bem sucedida? Você provavelmente conhece o Gmail, o servidor de e-mail do Google. Um pequeno grupo de amigos teve a ideia de criá-lo em um dos cafezinhos da empresa, revelou Katelin Todhunter-Gerberg, associada sênior da equipe de comunicações do Google.

Ben Waber, presidente da Sociometric Solutions, uma firma de consultoria para o espaço de trabalho, afirmou que áreas de descanso bem planejadas são uma contribuição que tem uma importância surpreendente para a produção e bem estar dos funcionários, auxiliando para que estejam sempre mais animados.

E tem mais: a liberação de dopamina provoca uma melhora temporária no humor. Essa substância age diretamente no sistema nervoso central, fazendo a sensação de cansaço e sonolência se afastarem por um tempo — pelo menos até que outra pausa seja feita novamente.

Contudo, a moderação sempre é recomendada. Embora os benefícios sejam muitos, não é aconselhável beber muitas xícaras de café por dia (uma xícara, com cerca de 230ml, contém entre 95 e 200 mg de cafeína). E ingerir a bebida com o estômago vazio também não é aconselhado por nutricionistas.


Máquinas podem trazer economia de 30%

Além dos benefícios, interação entre os funcionários e produtividade, sua empresa também pode chegar a um outro ponto muito positivo: economizar. O armazenamento do café em garrafas térmicas, além de estimular a produção de toxinas e aumentar a acidez da bebida, não é nada econômico. Isso porque a maior parte do café em garrafas térmicas fica muito tempo por lá, esfria e vai para o ralo. Uma alternativa para fugir deste problema são as máquinas de café, que produzem a quantidade necessária a cada vez que são acionadas.

O diretor da AB Café, Fernando Taschetto, que tem 130 máquinas instaladas na Grande Curitiba, conta que um estudo feito pela empresa apontou que os clientes chegam a reduzir 30% de desperdício ao utilizar máquinas da bebida. A redução de custos é uma garantia, afirma Taschetto.