Carlos Costa/CMC – Câmara: galerias abertas

Depois de um ano e nove meses, a Câmara Municipal de Curitiba volta hoje a permitir o acesso da população às sessões plenárias e outros eventos da Casa. A decisão foi tomada pelos líderes do Legislativo na semana passada, diante do avanço da vacinação e da queda do número de casos de Covid-19 na capital paranaense. A partir de agora, qualquer pessoa poderá vir à Câmara e permanecer no Palácio Rio Branco, desde que respeitada a capacidade do espaço para visitantes.
Os líderes também decidiram extinguir o limite do número de vereadores em plenário. As sessões, porém, continuam de forma híbrida, ficando o formato – presencial ou online – a critério de cada parlamentar. As audiências públicas e sessões solenes também poderão ser realizadas no plenário, com convidados no local. A Câmara de Curitiba ainda retomará o programa de visitação, destinado a grupos específicos e escolas.
O presidente da Câmara, Tico Kuzma (PROS) destacou que a Casa mantém portas e janelas abertas para ventilação do ar, disponibiliza álcool em gel e obriga o uso de máscaras a todos os participantes, seguindo todos os protocolos vigentes. Para a decisão, foi realizada uma nova avaliação no início da semana passada pelo médico e diretor do Centro de Epidemiologia da prefeitura de Curitiba, Alcides Oliveira, acompanhado por Kuzma, pela diretora-geral da CMC, Jussana Marques, e a enfermeira do trabalho da Câmara, Liege da Fonseca Rocha. Ambas também participaram da reunião do Colégio de Líderes.
Infectados – As sessões presenciais da Câmara e a presença do público foram interrompidas em março de 2020, por causa da pandemia da Covid-19. Os vereadores então passaram a realizar as votações de forma remota, através de celulares e computadores. Somente em março deste ano, é que as sessões presenciais foram retomadas, mas em formato híbrido, com parte dos parlamentares presentes em plenário e os demais participando remotamente. Mesmo assim, foi estabelecido um limite de 24 vereadores em plenário. Assessores parlamentares foram proibidos de entrar no ambiente físico do plenário, podendo apenas se locomoverem nas salas anexas e por tempo reduzido.
Desde o início da pandemia, pelo menos oito vereadores curitibanos pegaram Covid. O caso mais grave atingiu o vereador Jairo Marcelino (PSD), que morreu em outubro do ano passado, aos 77 anos, depois de não resistir às complicações da doença. O vereador Cristiano Santos chegou a ser entubado e ficou 62 dias internado, mas conseguiu se recuperar. No ano passado, também foram contaminados os vereadores Bruno Pessuti (Pode), Mauro Bobato (Pode), Mestre Pop (PSD), Marcos Vieira (PDT), Sabino Picolo (DEM) e Noemia Rocha (MDB). Este ano, tiveram a doença Márcio Barros (PSD) e Sargento Tânia Guerreiro (PSL).