PRF-PR – Escolta da Polu00edcia Rodoviu00e1ria Federal (PRF-PR) para o tru00e2nsito de caminhu00f5es entre Paranaguu00e1 e Curitiba

Após uma série de ações simultâneas da Polícia Rodoviária Federal (PR), Polícia Militar (PM) e Exército Brasileiro, os caminhões voltaram a circular pelas rodovias federais do Paraná nesta quarta-feira (30).No final desta manhã, policiais rodoviários federais escoltam caminhões pela BR-277, de Paranaguá até Curitiba. A ação faz parte da forças de segurança do Paraná que estão nas ruas para garantir a segurança dos caminhoneiros que decidiram deixar a paralisação, disse a governadora Cida Borghetti na manhã desta quarta-feira (30), no Palácio Iguaçu, em Curitiba, durante a apresentação do balanço das últimas ações para liberar o trânsito de cargas. Cerca de 1600 agentes de segurança pública estão atuando em todo o Estado. 

Os caminhões de carga estão circulando na BR 116 na região de Fazenda Rio Grande e Curitiba.Agentes da PRF e do Exército dialogaram com manifestantes na BR-369 e liberaram em Jataizinho (PR. Caminhões já estão circulando pela BR-277, em Campo Largo (PR), na Região Metropolitana de Curitiba, altura do quilômetro 118. De acordo com a equipe da PRF que está no local, cerca de 70% dos caminhões que estavam estacionados no posto de combustível já seguiram viagem. Após negociação, manifestantes desmontam barracas e caminhões voltam a circular pela BR-163, em Guaíra (PR). Equipes da PRF, Exército e PM no local.

Cida reforçou que a determinação é que a ação transcorra com base no diálogo, como tem sido feito desde o início da paralisação. “Vamos dar total apoio a esses trabalhadores que decidiram retomar suas atividades, nos baseando, sempre, na conversa com os líderes do movimento e os setores envolvidos, além de bom senso. Dessa forma, vamos promover o mais rápido possível o abastecimento em todo o Paraná”, disse a governadora.

O chefe da Casa Militar, coronel Maurício Tortato, que coordena o grupo montado para discutir as questões relacionadas à paralisação dos caminhoneiros, disse que ontem a cúpula de segurança pública do Estado se reuniu para alinhar as ações. “Respeitamos o direito de manifestação, mas temos que garantir também o direito de ir e vir dos caminhoneiros, que está na Constituição”, afirmou.

INFILTRADOS – O coronel afirmou que no Paraná não houve bloqueio total de nenhuma rodovia por período muito longo. Segundo ele, até o momento aconteceram situações pontuais que foram resolvidas com a presença da polícia. Outra informação destacada é de que entre ontem e hoje foram identificados atividades de indivíduos que não fazem parte do movimento. Eles estariam infiltradas entre os caminhoneiros e a Políci Civil investiga a ação destas pessoas.

Tortato também relatou que, apesar de algumas resistências, a situação do Paraná, tanto na questão de abastecimento dos postos de combustíveis como no fluxo de produtos das diversas cadeias produtivas, caminha para a normalidade. “As cargas estão sendo transportadas e o fluxo de vida da população aos poucos volta ao que era antes”, disse.

Nesta quarta-feira mesmo, mais 399 carretas de combustível, contendo cerca de 11,9 milhões de litros de derivados de petróleo, foram liberados para abastecer parte do 2.400 postos de todo o Paraná, segundo a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil da Casa Militar. Ontem, outros 178 haviam sido liberados.

Além dos caminhões com combustível, veículos com leite, soja e derivados, verduras e legumes e outros mantimentos também estão chegando a seus destinos. Tortato salientou que os Ceasas de Curitiba e Cascavel, por exemplo, já começaram a receber os alimentos. Entre os dias 25 e 29 deste mês, ainda de acordo com dados da entidade, 172 cargas foram liberadas de bloqueio.

Os pontos de manifestação no Paraná também diminuíram. Hoje, há registros em apenas 169 rodovias estaduais, ante 183 registrados na terça-feira (29). Já nas rodovias federais há apenas 80 pontos de obstrução, contra 109 identificados ontem pelas forças de segurança pública.

HISTÓRICO – Para minimizar os impactos do movimento dos caminhoneiros na vida dos paranaenses, desde a semana passada a governadora tem se reunido com lideranças e anunciado medidas. Na terça-feira (29), ela também se encontrou com prefeitos da Associação dos Municípios do Paraná (AMP) e garantiu apoio do Estado às cidades, que vem sofrendo com desabastecimento em razão da paralisação de caminhões.

No domingo (27), Cida anunciou a diminuição e o congelamento da base de cálculo do ICMS que incide sobre o óleo diesel. Com a medida, a partir de sexta-feira (01º de junho) a base para calcular o imposto será R$ 2,95 e o valor valerá por 90 dias. A redução é de R$ 0,25 sobre a base atual e deve representar uma queda de aproximadamente R$ 0,04 sobre o preço do combustível na bomba.

Na quinta-feira (24), Governo do Estado e representantes do movimento formalizaram um acordo para a liberação de caminhões com cargas especiais, como produtos químicos, ração animal, alimentos para hospitais e penitenciárias, combustível para os serviços de segurança e de urgência e emergência, além de cargas vivas. Até está terça-feira, mais de 2 mil veículos foram autorizados a trafegar no Estado.

O Paraná também suspendeu a cobrança da tarifa de pedágio do eixo suspenso, conforme determina a Medida Provisória editada pelo governo federal.