Geraldo Bubniak – Pablo e Santos comemoram a vitu00f3ria do Atlu00e9tico

O Atlético Paranaense está na semifinal da Copa Sul-Americana. A vaga foi garantida nessa quarta-feira (dia 31) à noite, na Arena da Baixada, com a vitória nos pênaltis sobre o Bahia, na partida de volta das quartas de final. No tempo normal, o time baiano venceu por 1 a 0. Na partida de ida, em Salvador, o time paranaense havia vencido por 1 a 0, ou seja, só precisava de um empate para ficar com a vaga. Como o placar agregado ficou em 1 a 1, a decisão da vaga foi nas penalidades e o time paranaense venceu por 4 a 1. Agora, o Furacão pega na semifinal o Fluminense, que eliminou o Nacional (Uruguai). 

Nos pênaltis, converteram para o Atlético: Jonathan, Raphael Veiga, Lucho González e Pablo. Ninguém errou. Pelo Bahia, só Edigar Junio acertou a cobrança. Vinícius teve o chute defendido por Santos e Zé Rafael mandou para fora.

[node:galeria id=595409]

DESEMPENHO
A derrota no tempo normal é explicada pelo bom desempenho do Bahia, que apresentou um sistema de marcação quase perfeito. O Atlético lutou durante os 90 minutos e conseguiu criar mais jogadas ofensivas que o adversário. Não conseguiu um placar melhor porque faltou precisão nas finalizações. 

VAR
Assimo como o jogo de ida, em Salvador, a partida dessa quarta-feira também teve o sistema de árbitro de vídeo (VAR). Foi a primeira vez na história que uma partida no Paraná recebeu essa tecnologia. No entanto, o VAR acabou não sendo utilizado pela arbitragem durante o jogo.

PÚBLICO
A partida registrou o segundo melhor público do Atlético em 2018, com 21.977. O melhor ocorreu na final do Paranaense, contra o Coritiba, com 23.851 pagantes. 

TÉCNICO
O técnico Tiago Nunes soma agora 15 vitórias, cinco empates e seis derrotas no comando do time principal do Atlético. 

FASES
A derrota no tempo normal encerrou uma série de 12 vitórias consecutivas na Arena da Baixada, contando todas as competições.

RETROSPECTO
Nos 16 duelos entre os dois times no Paraná, o Bahia só venceu duas vezes na história: nessa quarta-feira, pela Sul-Americana, e no Brasileirão de 2011. Nos demais confrontos, foram 11 vitórias atleticanas e três empates.

PREMIAÇÃO
O Atlético já acumulou premiação de R$ 7,1 milhões. Recebeu R$ 930 mil pela primeira fase, R$ 1,1 milhão pela segunda, R$ 1,4 milhão pelas oitavas, R$ 1,7 milhão pelas quartas e R$ 2 milhões pela semifinal. 

ESCALAÇÕES
As únicas baixas no Atlético eram Bruno Nazário e Plata, lesionados. O esquema tático era o 4-2-3-1 de sempre. O setor ofensivo tinha Marcelo Cirino na direita, Nikão na esquerda e Raphael Veiga centralizado. No Bahia, o desfalque era o centroavante Gilberto. O time de Enderson Moreira usou o 4-3-3, com Zé Rafael (ex-Coritiba) e Élber (ex-Coritiba e Cruzeiro) nas pontas. 

PRIMEIRO TEMPO 
O Bahia jogou com postura avançada, tentando pressionar a saída de bola do adversário. O Atlético não se intimidou com a pressão e saiu para o jogo. Eram dois times em busca do gol. No entanto, a partida ficou truncado pelo excesso de força e intensidade física das duas equipes. Foram três boas jogadas ofensivas para cada equipe no primeiro tempo. A melhor chance do Atlético foi aos 40 minutos, quando Cirino ficou livre na cara do gol e chutou cruzado, mas o zagueiro Lucas Fonseca salvou de forma espetacular. O Bahia fez 1 a 0 aos 46, em cobrança de lateral para a área. Grolli recebeu e chutou no canto.

SEGUNDO TEMPO
O segundo tempo começou com o Bahia pressionando a saída do adversário. O Atlético sofreu em alguns momentos, mas conseguiu colocar a bola no chão e sair para o jogo. A intensidade física foi menor na segunda etapa, mas as duas equipes continuaram com excelente marcação. O time baiano recuou depois de dez minutos, levou pressão e não conseguiu atacar. O Furacão teve pouco espaço, mas conseguiu criar cinco boas jogadas ofensivas. Aos 17 minutos, troca de volantes no Furacão: saiu Wellington e entrou Bruno Guimarães. Aos 29, troca na ponta: saiu Cirino e entrou Rony.

ESTATÍSTICAS
Em 90 minutos, o Atlético somou 19 finalizações (11 certas), 64% de posse de bola, 86% de eficiência nos passes e 6 escanteios. O Bahia arrematou 9 vezes (6 certas) e teve 36% de posse de bola, 75% de eficiência nos passes e 3 escanteios. Os dados são da DataFactory/Conmebol.

ATLÉTICO 0 x 1 BAHIA, nos pênaltis 4×1
Atlético-PR: Santos; Jonathan, Paulo André, Léo Pereira e Renan Lodi; Wellington (Bruno Guimarães) e Lucho González; Marcelo Cirino (Rony), Raphael Veiga e Nikão; Pablo. Técnico: Tiago Nunes
Bahia: Douglas Friedrich; Nino Paraíba, Grolli, Lucas Fonseca e Léo; Elton (Gregore), Nilton e Flávio; Zé Rafael, Elber e Junior Brumado (Edigar Junio). Técnico: Enderson Moreira
Gol: Grolli (46-1º) 
Cartões amarelos: Léo, Vinícius, Elber, Zé Rafael (B). Renan Lodi, Bruno Guimarães (A).
Árbitro: Diego Haro (Peru)
Público: 21.977
Local: Arena da Baixada

PRINCIPAIS LANCES
Primeiro tempo 

8 – Falta de média distância. Raphael Veiga chuta forte. O goleiro defende.
17 – Zé Rafael rouba a bola de Léo Pereira. Júnior Brumado recebe e marca o gol. O árbitro marca falta de Zé Rafael e anula o gol.
22 – Escanteio. Raphael Veiga cruza. Pablo cabeceia sobre o gol. 
37 – Zé Rafael ajeita para Léo, que chuta forte, cruzado. Santos segura.
40 – Contra-ataque. Veiga lança. Pablo parte livre e rola para Marcelo, que gira e chuta. Lucas Fonseca se atira e salva o Bahia.
46 – Gol do Bahia. Léo cobra lateral direto para a área. Nilton ganha pelo alto e toca para Grolli chutar no canto.

Segundo tempo
8 – Jonathan cruza. Nikão salta e chuta para fora.
15 – Lucho para Pablo, na área. Ele ajeita para Nikão, que chuta forte. A zaga tira.
19 – Raphael Veiga chuta de fora da área. O goleiro segura.
21 – Nikão cruza. Cirino ajeita e Pablo chuta sobre o gol.
32 – Bola alta para a área. Paulo André pega o rebote e chuta fraco, no canto. O goleiro defende.
34 – Edigar Junio parte em contra-ataque e chuta ao lado do gol.
37 – Falta de média distância. Nikão chuta sobre o gol.
41 – Falta perto do bico da área. Pablo cobra ao lado.