Divulgação/Coritiba

Na ausência do técnico Gustavo Morínigo, suspenso, quem comandou o Coritiba à beira do gramado neste domingo (25), contra o Operário, no Estádio Germano Krüger, foi o auxiliar técnico Júlio Sérgio. E depois da derrota por 1 a 0 do Coxa, o profissional tratou de lamentar o placar, dizendo que o time curitibano perdeu a partida “num lance isolado”, e ainda fez um apelo pela melhoria do futebol brasileiro, após um jogo repleto de reclamações e com duas expulsões.

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Sobre a escalação com diversas modificações e alguns jogadores poupados (como o volante Willian Farias e o atacante Igor Paixão), Júlio Sérgio ressaltou a sequência de partidas do clube.

Sabíamos que seria um jogo difícil, truncado. Alguns jogadores vinham em sequência de jogos e a gente tem de se preocupar com isso, é um campeonato longo, desgastante”, disse o treinador, explicando ainda os motivos da entrada de Robinho e Igor Paixão na volta do intervalo. “Quando toma um gol, procura mudar para melhorar, ser mais agressivo. Isso que procuramos fazer. Segundo tempo, assim como no primeiro, não sofremos. Tomamos um gol num lance isolado e isso nos custou a partida de hoje”, lamentou.

Mais do que chances de gol ou dribles plásticos, porém, a partida foi marcada pelas excessivas reclamações contra a arbitragem (dos dois lados) e por duas expulsões (do volante Leandro Vilela e do técnico Matheus Costa, ambos do Operário, sendo que o último foi expulso após segurar um jogador do Coxa que iria cobrar um lateral). Situação que levou Júlio Sérgio, que como jogador (goleiro) teve longa passagem pela Roma, da Itália, a fazer um desabafo e apelo.

“A gente precisa melhorar o futebol. O futebol que se joga aqui é único, quase. Vemos evolução tática, gramados melhores, organização. Mas a gente precisa evoluir, não podemos estar satisfeitos com o que estamos apresentando, e isso é de forma geral. A gente tem que se unir, se ajudar para evoluir, para melhorar, porque não podemos ter a quantidade de reclamações que temos no jogo, uma gritaria que não é admitida em lugar nenhum do mundo. É hora da gente fazer uma reflexão para termos possibilidade de sermos os melhores do mundo novamente. Temos a melhor matéria-prima do mundo, mas estamos deixando o tempo passar.”