SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 6,5% ao ano, conforme amplamente esperado pelo mercado financeiro. A decisão foi unânime.

A taxa básica de juros da economia está no menor patamar da história desde a reunião de março deste ano. De 39 economistas ouvidos pela agência de notícias Bloomberg, todos esperavam que a taxa seria mantida no atual nível.

No atual patamar, a taxa é considerada expansionista, capaz de estimular a economia brasileira, que tem dificuldades de se recuperar após a crise econômica iniciada em 2014.

No comunicado, o Copom (Comitê de Política Monetária) reiterou que a conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa.

​E disse ainda que “a continuidade do processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para a manutenção da inflação baixa no médio e longo prazos, para a queda da taxa de juros estrutural e para a recuperação sustentável da economia.”

A inflação deve terminar o ano abaixo da meta de 4,5%, a 3,7% segundo projeções do Copom, em linha com as estimativas coletadas no Boletim Focus.

O comitê reforçou que o cenário externo permanece desafiador para economias emergentes. “Os principais riscos estão associados ao aumento da aversão ao risco nos mercados internacionais, à normalização das taxas de juros em algumas economias avançadas e a incertezas referentes ao comércio global.”

Emergentes sofreram durante o ano de 2018 com o início do ciclo de alta de juros nos Estados Unidos e, mais recentemente, com o agravamento da guerra comercial travada entre o governo americano e a China.

O temor é que a disputa entre os dois países desacelere o crescimento econômico global.