O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu ontem encaminhar ao Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) a investigação que apura suspeitas de caixa 2 feitas por delatores da J&F ao ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. A decisão atende a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, a partir do novo entendimento sobre o alcance do foro privilegiado, que só deve ser aplicado para os crimes cometidos no exercício do mandato e em função do cargo.
Pesam sobre Onyx o relato e planilhas dando conta de pagamentos de R$ 100 mil, em 2012, e R$ 200 mil, em 2014, quando o atual ministro concorria ao cargo de deputado federal. Onyx admitiu ter recebido R$ 100 mil e pediu desculpas. No início de dezembro, o ministro Edson Fachin, do STF, determinou a abertura de uma petição au para analisar as acusações de caixa 2 feitas por delatores da J&F a Onyx Lorenzoni.