A dica mais importante é escolher a escola do seu filho com uma pesquisa fundamentada, para que você mesmo vá com segurança ao primeiro dia de aula. A pedagoga Marianna Canova, diretora do Peixinho Dourado Berçário e Educação Infantil, dá algumas dicas para que esse período transcorra da melhor forma para todos – e para que a adaptação leve o tempo certo, nem mais nem menos.

  1. Trabalhe sua ansiedade primeiro

Como em quase tudo que concerne o comportamento das crianças, é essencial entender quais são os sentimentos vivenciados pelos “adultos da relação”, e de que forma eles estão sendo transmitidos. “As famílias ficam bem angustiadas, especialmente com o início da vida escolar”, entende Marianna. “É preciso tomar cuidado para que nossa ansiedade não contamine a criança.”

  1. Converse, converse, converse…

Até mesmo os bebês entendem o que dizemos a eles, então é fundamental explicar o que vai acontecer para a criança. A mudança de rotina, os novos amigos e professores, os horários. Mas também não é preciso falar demais sobre o assunto, pois isso passa a informação de que há algum problema relacionado ao tema.

  1. Promova o contato prévio com a escola

Nas semanas que antecedem o esperado primeiro dia de aula, é interessante mostrar fotos do local para os filhos, contar que ela fará amigos, terá uma professora – se possível, mostrar fotos dela… e participar ativamente das reuniões propostas pela escola, pois elas irão manter professores, coordenadores e pais bem conectados.

  1.  Qual o perfil do seu filho?

De acordo com a pedagoga, existem três cenários corriqueiros na adaptação de um novo aluno, seja bebê ou maior de 2 anos. Alguns não apresentam qualquer dificuldade e ficam bem na escola desde o primeiro dia; outros, não aceitam ficar no início, trazendo um vínculo muito dependente dos pais, mas após algumas semanas estão bem; por fim, há aqueles que ficam bem nos primeiros dias, mas depois começam a chorar – e essa última situação costuma ser a mais natural, pois a fase de deslumbramento acaba e a criança começa a compreender que existem combinados ali também. É importante que escola e família trabalhem juntos para “falar a mesma língua” e ajudar a criança a se sentir segura.

  1. Não minta: diga tchau e vá embora

É comum os pais tentarem proteger os filhos da realidade por meio de “mentiras brancas”. Na adaptação escolar, por exemplo, costumam dizer “vou ficar na recepção”; ou então dizer que vão passear para o filho aceitar sair de casa para ir à escola, ou mesmo se esconder para a criança não vê-lo sair. Não é o recomendado. Na despedida, se a professora disser que você já pode ir, diga tchau à criança e vá, mesmo que ela chore…será difícil só no começo, mas comunicará segurança.

  1. Não tente apressar as coisas e peça ajuda! 

Uma adaptação humanizada e gradativa leva em média 15 dias, nos quais a criança permanece por um período um pouco maior na escola cada dia. Um “tratamento de choque”, com muito choro até a criança se acostumar, não é recomendado. “É importante que a criança crie um vínculo positivo com a escola, e o início é um momento crucial.” Se você não dispuser de todo esse tempo para fazer a adaptação junto com a criança, peça ajuda a alguém de confiança que possa. Você não pode fazer tudo sozinho(a)!

  1. Mudança de escola e de turma

Quando a criança vai mudar de turma na mesma escola, é comum os pais se preocuparem muito com a “troca” de amigos. Porém, para a criança, isso não costuma ser um problema, pois é a idade em que se lida com a socialização da melhor forma. Por outro lado, quando a mudança é de escola, é recomendável “fechar o ciclo”. “Quando a criança está passando de uma escola para outra, é fundamental que a família esteja segura dessa escolha, e transmita isso aos filhos”, enfatiza a pedagoga. O ideal é fazer uma despedida do primeiro local e uma recepção consciente no seguinte. Não enfatize os amigos e professores que a criança irá perder, e sim aqueles que irá ganhar. Vai dar tudo certo!

Sobre a escola: O Peixinho Dourado Berçário e Educação Infantil já formou muitas gerações. Desde 1980 instalado no Alto da XV, em Curitiba, acolhe crianças de 4 meses a 6 anos, com uma proposta pedagógica diferente. Por acreditar que todo mundo nasce um pequeno cientista curioso, investe em projetos que partem das próprias crianças, incentivando a descoberta com o uso de diferentes temas e materiais. Sobretudo, traz o cuidado com cada aluno de maneira completa, desde uma alimentação bem saudável até os aspectos cognitivo, social, emocional e funcional.