Ernani Ogata

Vários supermercados de Curitiba e cidades do interior do Estado já registram falta de produtos, principalmente frutas e verduras, laticínios e carnes de todos os tipos. Os mercados menores, que trabalham com estoques menores, são os primeiros com prateleiras  vazias. A Associação Paranaense de Supermercados (Apras) emitiu nota oficial expressando a  preocupação com as consequências dos bloqueios nas rodovias para o abastecimento de gêneros básicos, notadamente o de alimentos perecíveis, tais como frutas, legumes, verduras, carne in natura e demais categorias de produtos resfriados, como laticínios.

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"Mesmo com o esforço do setor de supermercados para garantir o perfeito abastecimento da população, empresas filiadas à Aprasreportaram que já começam a ter seus estoques de produtos comprometidos", diz a nota.

A Apras alerta as autoridades do Paraná e do Brasil para que negociem o mais rápido possível com os manifestantes a adoção de providências de curto prazo que permitam a circulação de veículos de cargas perecíveis.

Ceasa

A queda de comercialização já vem sendo sentida nas cinco unidades do Ceasas do Paraná (Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu) desde terça (22), mas nesta quinta (24), a queda de  chegou a 80%. Os centros de distribuição estão abertos mesmo com poucos produtos, mas os compradores não aparecem porque temem terem os caminhões parados nos bloqueios. 

Na Ceasa de Curitiba,  90 agricultores foram comercializar no local, um número bem menor que os 400 que costumam vender seus produtos. Com pouca oferta, os preços subiram. O preço do saco de batata (50 quilos) passou de R$ 80 na segunda (21)  para R$ 150 nesta quinta (23).