Divulgação – Volume mu00e1ximo u2013 A apresentau00e7u00e3o de Valentino foi a u00faltima da semana

Fiquei pensando no sentido de escrever essa coluna sobre a semana de moda de Alta-Couture Paris Inverno 2018/2019 aqui no jornal. São roupas que quase ninguém no mundo pode comprar. Tudo feito à mão. As marcas devem obedecer a regras restritas para fazer parte do grupo que integra o calendário oficial da Federação Francesa de Moda. Tudo é criterioso, milimetricamente calculado para que o savoir-faire artesanal seja mantido vivo. 
Vamos falar o que conta para quem, como eu, consome com os olhos e posso dividir com vocês minhas vontades e afinidades. Antes, um porém: para mim, o mais interessante de tudo é o comportamento das pessoas que vão aos desfiles. E, entre os que fui, eu amo os convidados de Schiaparelli e Jean Paul Gaultier. Alguns anos atrás, escrevi no meu extinto blog Moda Paris que “roupa cara não esconde educação barata”, então, continuo achando cada vez mais isso. Gosto de gente chique que veste roupa chique – ou não – e segue sendo chique por ser quem é e não a roupa que a faz ser. Oops! Voltando: ser deslumbrado não está com nada. O que é tudo é ver gente linda, educada e vestindo-se bem. Fica perfeito! 
Para tudo com o maravilhoso momento da Schiaparelli, sob a direção-artística de Bernard Guyon, numa Ópera de Paris cheia de pássaros nas roupas, máscaras de insetos e animais e um kaftan com o carão da Schiapa que eu queria para mim. Uma inspiração que sempre rola adaptar para a roupa nossa de cada dia. Amo também a coleção inteira da Valentino que traz cores, volumes e as bermudas de alfaiataria retas, uma volta consolidada à moda. E também adoro o jogo de palavras e imagens de Gaultier com o fumar e não fumar. A peça-chave da apresentação era o smoking em muitas derivações. Paro aqui e volto com mais impressões de moda e vida semana que vem, porque numa lauda não cabe tudo. Gros bisous!