Fotos: Divulgação/SPFW – Alexandre Herchcovitch resolveu adiantar a comemoração de seus 50 anos com um resgate da carreira

Se tem uma coisa que perdeu o sentido neste ano maluco é aquele conceito careta do tem que ter, do consumo desenfreado, do que pode ou não pode, do que está on ou out. 2020 mostrou que as certezas não são mais tão certas e o novo normal depende da nossa capacidade de adaptação.

Se não dá para ser como nos nossos planos, a solução é fazer uma versão bacana, repensando as prioridades, olhando para o planeta, para o outro e tentando encontrar a melhor forma de coexistirmos por aqui. Foi assim com o maior evento de moda da América Latina, o São Paulo Fashion Week, que comemorou seus 25 anos com festa virtual. E olha que foi boa! Foi segura, reafirmou a importância da cadeia da moda nacional, regulamentou a cota de 50% de modelos negros no casting dos desfiles, tornou urgente a busca por caminhos mais sustentáveis para as marcas e evidenciou o discurso crítico, emocional e autoral.

Moda não é fútil, ela é necessária. E o SPFW vem, há 25 anos, mostrando isso. Viveu tempos de glória, crises, trouxe a moda das ruas para a passarela, descobriu talentos em todo Brasil, deu voz a movimentos sociais, levantou polêmicas, discutiu o seu papel, teve de se reinventar, agora é digital e, no futuro, ainda não se sabe como será. Sorte nossa de podermos conviver com a moda e o SPFW, essenciais para entender melhor o que rola à nossa volta e saber que sempre há um jeito diferente de fazer as coisas.

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