As novas conversas vazadas pelo site Intercept Brasil em conjunto com a Folha de São Paulo revelam mudanças contratuais nas atividades de palestras remuneradas feitas pelo procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da Operação Lava Jato. De acordo com as mensagens, nas mudanças para deixar a ter a filantropia como principal destino dos valores.
As mudanças deixam claro que ele começou a focar o meio empresarial e arrecadou ao menos R$ 580 mil a partir de 2017.
Mensagens, planilhas, recibos e contratps que circularam no aplicativo Telegram de Dallagnol indicam um contraste entre os argumentos da defesa apresentada por ele à Corregedoria do Ministério Público em junho de 2017, que levaram ao arquivamento de uma reclamação disciplinar, e a conduta do procurador em relação às palestras a partir daquele ano.
Ainda conforme as mensagens, Dallagnol sempre se recusou a divulgar a relação de empresas e entidades que pagaram a ele pelas palestras, assim como os valores recebidos.
A lista de contratantes do procurador traz unidades da operadora de planos de saúde Unimed, firmas do mercado financeiro e associações industriais e comerciais.
