RENDA
A pandemia mundial, decretada em razão do novo coronavírus, confinou muitas pessoas nas casas, seguindo o conselho para evitar aglomerações. Isso aumentou o consumo de alimento no ambiente doméstico e incentivou-se a busca pela melhor qualidade. No Paraná, os agricultores, particularmente os familiares, deram boa resposta para colocar comida nas mesas, sobretudo dos mais vulneráveis, via políticas públicas, e também para garantir a continuidade de seus trabalhos no campo. 

PRAZO
Os produtores rurais interessados em participar do Programa de Regularização Ambiental (PRA) têm prazo até a próxima quinta-feira (31/12/2020), impreterivelmente, para inscreverem suas propriedades ou empreendimentos no Cadastro Ambiental Rural (CAR), conforme estabelecido pela Lei 13.887/2019. A exigência do cadastro para essa operação é determinação do Código Florestal. O CAR pode ser feito a qualquer tempo, ou seja, não tem prazo determinado. 

SUSTENTAÇÃO
A agropecuária paranaense sofreu em 2020 os efeitos de estiagem, uma das mais severas estiagens dos últimos 100 anos, segundo o Simepar. Além da escassez de chuvas, o setor sentiu os impactos da pandemia que provocou paralisação de atividades, alterações de consumo e influenciou, de forma contundente, a comercialização de produtos. Mesmo assim, o setor superou os desafios, e o resultado positivo da balança comercial mostrou que o agronegócio foi sua principal base de sustentação. 

SAFRA
O relatório mensal do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, prevê que o Paraná deve colher 24,2 milhões de toneladas de grãos na safra de verão, em uma área de 6,1 milhões de hectares. Entre os destaques, estão a soja e o milho, cuja maior parte das lavouras apresenta condições entre médias e boas. O pequeno percentual de condições ruins se deve à estiagem no início do plantio, que deixou o solo mais seco e dificultou a germinação. 

FRUTAS E VEGETAIS
A Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu 2021 como o Ano Internacional das Frutas e Vegetais (IYFV, na sigla em inglês). Com isso, pretende aumentar a consciência sobre o papel que esses produtos exercem na nutrição humana, segurança alimentar e saúde, além de contribuir para a redução de desperdícios. Considerações sobre a decisão do organismo internacional estão presentes no Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, produzido por técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná.

AMPLIAR
A parceria entre os setores público e privado e o aprimoramento do serviço de defesa agropecuária estão ajudando o Paraná a acessar novos mercados de carnes. O reconhecimento nacional como Área Livre de Febre Aftosa sem Vacinação, conquistado neste ano, e o excelente status sanitário dos rebanhos paranaenses, são indicativos do potencial de crescimento da economia do Estado. 

LEITE
Nos últimos dois anos, o Sítio Alemão, localizado no Assentamento Nova Itaúna, em Manoel Ribas virou modelo e inspiração para os vizinhos e toda a comunidade. Isso porque a exploração leiteira apresentou um crescimento muito rápido num curto espaço de tempo, algo incomum para a maioria das atividades agropecuárias. Até 2019, Adelar Schwade e sua família produziam cerca de 220 litros de leite por dia, com 16 vacas em lactação. Com essa produção, a família passava muitas dificuldades. A renda obtida com o leite mal dava para pagar os custos de produção e as despesas da família. A situação era agravada pelas dívidas contraídas em financiamentos. 

MAMÃO
O plantio de mamão está conquistando produtores da região de Umuarama. O potencial da cultura é grande, já que cerca de 90% do mamão consumido na região vem de fora. Há três anos a Universidade Estadual de Maringá (UEM) e o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater (IDR-Paraná) estão orientando a implantação de um projeto de fruticultura na região Noroeste. Os plantios de mamão têm apresentado bons resultados, com produtividade em torno de 70 toneladas/ha, num ciclo de dois anos.

MEL
Com o aumento crescente da demanda pelo mel brasileiro por parte dos países importadores, em especial Estados Unidos e União Europeia, o preço do produto pago ao produtor paranaense registra recordes consecutivos. No mês de novembro, a elevação foi de 21,46% em relação ao recebido pelo quilo do produto no mês de outubro. No acumulado de setembro a novembro a alta registrada foi de 52,13%. Em 2019, o estado se destacou como maior produtor e exportador de mel do país. Este ano, o estado registrou, no fim de novembro, um volume exportado da ordem de 8.975 toneladas do produto.

* O jornalista Mauricio Picazo Galhardo tem 63 anos, é paulistano. Esteve por dois anos morando no exterior; na República Oriental do Uruguai, República do Paraguai e República Argentina. Em 2013 se interessou pelo setor do agronegócio, e agora tem esta coluna semanal de noticias do agronegócio em geral. Também é o autor do quadrinho semanal Agro-Cartoon, publicado no site: