Abrabar

Diante da liminar obtida pela Prefeitura de Curitiba que proíbe manifestações na frente do Palácio 29 de Março, no Centro Cívico, neste sábado (4), a Associação Brasileira de Bares, Restaurante e Casas Noturnas (Abrabar) Abrabar decidiu realizar manifestações relâmpagos em frente aos hospitais de Curitiba.

“Estamos no pronto socorro dos hospitais, por que nosso setor pede socorro. Estamos agonizando”, disse o presidente da associação Fábio Aguayo. Durante o primeiro protesto, na frente do Hospital Evangèlico Mackenzi, os  empresários e lideranças da gastronomia e entretenimento, colocaram  cruzes representando a morte de estabelecimentos devido à crise financeira, com chaves de papelão penduradas. O setor pede a abertura de linhas de crédito e adiamento do 13º salário para ser pago em parcelas em 2021. 

Os bares estão entre as categorias proibidas de funcionar desde 1 de julho, quando o governo do Paraná e a Prefeitura de Curitiba publicaram decretos com medidas mais restritivas por causa do avanço da pandemia de coronavírus.

Repercussão negativa

A decisão da categoria de protestar na frente dos hospitais teve repercussão negativa. O ex-senador Roberto Requião comentou no Twitter: “Protesto de donos de bares que queremmanter seus estabelecimentos abertos com risco para suas famílias e clientes na frente dos hospitais! No pico da pandemia? Vão a PQP!”. A deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse que protesto zombou da dor alheia:  “O protesto devia ser em frente à prefeitura e ao palácio do planalto para cobrar medidas de auxílio aos micros e pequenos empresários que padecem com essa crise e q o governo na protege. Protestar em frente ao hospital e comparar a vida humana a uma empresa é repugnante. É zombar da dor alheia”, disse ela.  Para o deputado estadual Goura Nataraj (PDT), a forma da manifestação foi totalmente equivocada.:”Principalmente no momento que vivemos. É preciso cobrar ações do poder público para o empresariado e pelos empregos, mas no lugar certo. A cobrança tem que ser direcionada para o lugar certo”.

Paraná soma 27.864 casos e 715 mortos

A Secretaria de Estado da Saúde divulgou nesta sexta-feira (3) 1.840 novas confirmações e 22 mortes pela infecção causada pelo novo coronavírus. O Paraná soma 27.864 casos e 715 mortos em decorrência da doença. 

INTERNADOS – 708 pacientes com diagnóstico confirmado de Covid-19 estão internados hoje. 547 pacientes estão em leitos SUS (192 em UTI e 355 em leitos clínicos/enfermaria) e 161 em leitos da rede particular (61 em UTI e 100 em leitos clínicos/enfermaria).

Há outros 882 pacientes internados, 453 em leitos UTI e 429 em enfermaria, que aguardam resultados de exames. Eles estão em leitos das redes pública e particular e são considerados casos suspeitos de infecção pelo vírus Sars-CoV-2.

ÓBITOS – A secretaria estadual informa a morte de mais 22 pacientes, todos estavam internados. São cinco mulheres e 17 homens, com idades que variam de 42 a 91 anos. Os óbitos ocorreram entre os dias 15 de junho a três de julho.