Divulgação – Tigre branco do Zoológico de São Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governador de SP, João Doria (PSDB), anunciou nesta terça (5) que pretende privatizar o zoológico e Jardim Botânico da cidade.

As duas privatizações foram anunciados após a primeira reunião do Conselho de PPPs (parceria público-privadas).

De acordo com o governador, o grupo deve tentar viabilizar mais de 30 projetos “para desonerar os cofres públicos e trazer mais eficiência aos serviços prestados à população”.

Hoje, tanto o zoológico como o Jardim Botânico já cobram entrada dos visitantes.

Em países como os Estados Unidos, é comum que zoológicos pertençam a entidades privadas, como fundações. O zoológico de SP foi fundado em 1958 e já recebeu mais de 85 milhões de visitantes.

As desestatizações são uma das apostas de Doria -que, na prefeitura, não conseguiu tirar do papel nenhuma das privatizações prometidas.

Os 30 projetos são apenas uma parte de um plano maior de Doria. Conforme a coluna Mercado Aberto, da Folha de S. Paulo, revelou, o governador planeja dar andamento a 220 projetos em parceria com a iniciativa privada, com estimativa de atrair R$ 50 bilhões em investimentos.

Essas medidas estão divididas em quatro áreas principais: transportes, indústria, meio ambiente e aeroportos. Elas incluem desde expansão do metrô até a gestão de parques públicos.

No fim do último mês, em evento do banco Credit Suisse, Doria anunciou que pretende conceder à iniciativa privada 23 aeroportos regionais, a Hidrovia Tietê-Paraná, o Porto de São Sebastião (no litoral paulista) e todas as rodovias que ainda não foram concedidas.

“O Porto de São Sebastião será privatizado. É um porto importante no escoamento de produção do agro, mas ao receber investimento privado poderá ser capacitado para ampliar muito”, afirmou o governador na ocasião.

Ele também defendeu a privatização do Porto de Santos, que é do governo federal -o ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, que falou mais tarde no mesmo evento, afirmou que essa possibilidade não está em estudo.

Em relação à concessão os aeroportos regionais, Doria afirmou que ela deve ocorrer “nos próximos dois anos”.

“Falta a gestão privada na administração aeroportuária, com isso oferecendo outro modal, seja para o turismo, seja para o setor de carga”, disse.

A privatização da Hidrovia Tietê Paraná também foi mencionada como uma forma de ampliar o escoamento de carga.

“Poderemos levar carga do Brasil até o Uruguai, a Argentina, o Paraguai, fazendo a ligação desde Mato Grosso do Sul até a fronteira. Um modal muito mais econômico do que caminhões”, afirmou o governador.