Sofia gosta de tomar decisões. Não tem medo, mas não tem pressa. Fomos 3 vezes à loja de brinquedos esse ano para escolher o presente de dia das crianças. Trinta, quarenta minutos entre jogos, bonecas e carrinhos para dizer: não vou levar nada hoje. Semana passada chegou com a notícia da eleição. “Quero um cubo mágico.” 

Parecia ótimo, e foi prontamente aprovada. Até a hora que descobri que o danado custava R$89. Nem morta. Prometi o cubo mágico, mas não aquele. Não volta do shopping, achamos um por R$15 na banquinha de revistas. E foi ele mesmo.

O brinquedo já foi com Sofi até para o banho. Já foi feito e desfeito, já quebrou, já está novo de novo. Mas o que me impressionou foi o desejo da menina não de resolver o cubo, mas aprender como fazê-lo. 

Passou de vídeo em vídeo no youtube até entender que não há receita e sim, um conjunto de estratégias a serem usadas a depender do problema que se apresenta. Até entender que algumas coisas tomam mesmo tempo. Até entender que sensibilidade e intuição são (sempre) bem vindas. Uma metáfora que cabe tão bem para tantas coisas. Uma verdade que nos põe a pensar, que nos põe responsáveis por nossas próprias decisões.

E Sofia gosta de tomar decisões. Não tem medo, mas não tem pressa. Que presente acertado esse. E não estou falando do cubo. 

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