Reprodução

Apesar da pressão que vem sendo feita pelo Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado do Paraná (Sinepe/PR), antes de setembro as instituições privadas de ensino não serão autorizadas a retomar as atividades em Curitiba e, provavelmente, no restante do estado. Ao menos é isso o que indicou a secretária municipal de Saúde, Marcia Huçulak, em entrevista coletiva concedida por meio de vídeoconferência no final da tarde desta segunda-feira (17 de agosto).

Conforme a secretária, neste momento o que há é um decreto estadual que impede a realização das aulas presenciais. Ainda segundo ela, “em nenhum momento os decretos da Prefeitura fizeram restrição às escolas [particulares]”, mas apenas orientaram o funcionamento das escolas públicas.

“Quem fez um decreto restringindo é o Governo do Estado. Fizemos reuniões com o Sinepe, recebemos representantes deles e estamos conversando junto ao Governo do Estado com relação a esse retorno das escolas”, disse Huçulak.

Questionada então se a Secretaria Municipal de Saúde teria alguma objeção com relação ao retorno das atividades nas escolas particulares, a gestora explicou que a preocupação é com relação ao respeito, por parte dos alunos, às medidas de distanciamento social e explicitou que uma retomada não deve acontecer antes de setembro.

“Quanto às escolas, nós não temos uma posição contra voltar, mas tem muita gente contra, pais que não querem o retorno, professores preocupados. E nós temos essa preocupação também. É muito difícil segurar criança, não tem como dizer que vai manter o distanciamento social. Então montamos um grupo para discutir esse assunto com o governo do Estado, mas isso [retorno das aulas] não tem data para acontecer. Vai acontecer no momento que tiver segurança no ponto de vista da gente poder apoiar esse retorno, um retorno com segurança para crianças e professores”, comentou a gestora.

Durante esta segunda-feira, inclusive, houve uma reunião por meio de vídeoconferência, na qual foram discutidos protocolos e analisados cenários diversos quanto à evolução da pandemia*. “Precisamos esperar agosto passar para ver como vai ficar, se efetivamente estamos numa descida de casos. Precisamos observar se essa queda permanece e se a taxa de transmissão da doença permanece baixa, porque podemos ter um R numa semana, uma taxa menor, e ele voltar a subir. Precisamos ter mais segurança para dar esse aval”, finalizou.

* Inicialmente, o Bem Paraná informou que o Sinepe havia participado do encontro. O Sindicato, contudo, entrou em contato com a reportagem e esclareceu não ter participado da reunião. A matéria foi atualizada às 14h20 de terça-feira, 18/08