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Cristiana Brittes, mulher de Edison Brittes, réu confesso de ter matado o jogador Daniel Correa, em 27 de outubro de 2019, se declara como a primeira vítima daquela noite em entrevista ao programa Conexão Reporter, pelo jornalista Roberto Cabrini. Mesmo dizendo estar embriagada, ela detalha ao jornalista detalhes do momento em que o marido dela Edison Brittes invade o quarto e começa a agredir o jogador.

Sobre as afirmações de que o crime teria ocorrido por ciúmes de Edison após terem acordado em praticar sexo a três, Cristina nega. “Eu nunca fiz isso e nunca vou fazer. O Edison foi o primeiro e único homem da minha vida”. Questionada sobre se achar justo o que ocorreu, ela diz que não se justificam as agressões e a morte de Daniel. “Eu não tenho culpa de nada eu fui vítima, eu fui a primeira vítima naquela noite.”

Questionada sobre o momento mais difícil pelo qual teria passado, ela diz que foi o da prisão. “Eu fui a vítima.”. “Quem matou o Daniel foi o meu marido, mas graças a atitudes dele. Ele não me respeitou. Não respeitou a minha casa. Não respeitou o meu quarto”, disse.

O crime

Daniel foi encontrado morto na área rural de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, em 27 de outubro. Ele foi parcialmente degolado e teve o órgão genital mutilado, segundo a polícia. 

Cristiana é esposa de Edison Brittes, que deve ir à Júri Popular por homicídio qualificado pela morte de Daniel, ocorrida em 2018 em São José dos Pinhais. A decisão saiu na semana passada. Na mesma decisão, Cristiana foi inocentada da acusação de homicído, embora ainda vá responder por fraude processual, corrupção de menor e coação no curso do processo.

Outros três homens também vão a Júri Popular por homicídio. A filha do casal, Allana, vai responder por fraude processual, corrupção de menor e coação no curso do processo.

Réus devem ir a júri pelos seguintes crimes, conforme alegações finais do MP:

Allana Emilly Brittes: Fraude processual, corrupção de adolescente e coações no curso do processo.

Cristiana Rodrigues Brittes: Fraude processual, corrupção de adolescente e coações no curso de processo.

David Willian Vollero Silva: Homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa), ocultação de cadáver e fraude processual.

Edison Luiz Brittes Junior: Homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa), ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de adolescente e coações no curso do processo.

Eduardo Henrique Ribeiro da Silva: Homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa), ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de adolescente.

Evellyn Brisola Perusso: Fraude processual.

Ygor King: Homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa), ocultação de cadáver e fraude processual.