Colaboração

Uma tarde de domingo em meio a uma pandemia. Mas no Centro Cívico, em Curitiba, parecia mais um dia comum, como aqueles de antes do tal coronavírus.

Conforme pode ser visto nas imagens acima, o movimento no gramado do Museu Oscar Niemeyer (MON) foi grande na tarde de hoje (26 de abril), mesmo dia em que a capital paranaense registrou o primeiro óbito de um profissional de saúde por Covid-19.

Principalmente jovens, com idade entre 20 e 30 anos, ocuparam o gramado e se divertiram nos bares do entorno do MON – o museu em si está fechado desde o dia 17 de março. Poucos dos jovens usavam máscara, considerada fundamental para a prevenção do contágio pelo novo coronavírus e cujo uso em Curitiba é, em tese, obrigatório desde 17 de abril.

Ao longo dos últimos dias, contudo, o índice de isolamento social, que chegou a superar os 50% no Paraná, tem caído. Conforme o mapa da start up In Loco, na última sexta-feira chegou a 43,1%. 

Recentemente, o Bem Paraná publicou uma reportagem na qual especialistas alertam sobre os riscos decorrentes da população descuidar na questão do distanciamento social. Na ocasião, o presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM-PR), Roberto Yosida, alertou sobre a ‘sensação de segurança’ provocada pelos números aparentemente baixos de casos. “Toda medida de isolamento, quanto mais eficaz for, no fundo vai parecer que era desnecessária. Então quanto mais funcionar, mais vai parecer que é desnecessária”, disse o presidente do CRM, ao passo em que o infectologista Jaime Rocha alertou sobre a possibilidade e explosão dos casos em pouco tempo, caso as medidas de distanciamento social sejam desrespeitadas.

“Na própria Itália aconteceu isso. A população se isolou, mas depois foi às ruas novamente de forma precoce. Isso infelizmente traz um risco muito grande de explosão de casos nas próximas semanas”, afirmou o Dr. Jaime.