SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os depoimentos e os indicadores revelados no relatório “Mulheres do Direito: Desafios Profissionais” retratam os principais desafios diários das mulheres que atuam na área jurídica: dupla jornada, preconceito, discriminação e assédio.

O estudo divulgado na semana passada em São Paulo foi elaborado pela Noz – Pesquisa e Inteligência e pela rede jurídica FemiJuris, comunidade de advogadas formada para compartilhamento de experiências.

Os fatores que mais impactam a satisfação com a vida profissional dessas mulheres são, pela ordem: reconhecimento, remuneração e jornada de trabalho, informam Juliana Vanin, da Noz, e Ligia Vasconcelos e Patricia Tavolaro, da FemiJuris.

Foram consultadas 400 mulheres bacharéis em Direito (63% no Sudeste, 18% no Sul, 14% no Nordeste, 3% no Centro-Oeste e 2% no Norte), com idade média de 32,6 anos.

Perfil das entrevistadas: 34% possuem filhos; 42% estão casadas ou em união estável; 58% são solteiras, divorciadas ou viúvas.

Entre os exemplos de discriminação de gênero, foram citados apropriação de trabalho e de ideias; subremuneração; tratamento desigual em situação de paridade com colegas; negativa de promoção/evolução; isolamento, sobrecarga de trabalho/responsabilidade e falta de reconhecimento profissional.

A pesquisa online foi realizada com autopreenchimento voluntário. O questionário foi disponibilizado entre 14 de maio e 2 de julho.