Hai Studio1 – Katze o projeto solo de R&B de Katherine Zander (Cora)

A partir desta segunda-feira (23), o Coletivo Atlas em parceria com o Onça Discos dará início a uma semana de intensa programação cultural em Curitiba. É o Festival Transa Atlântica, evento que contará com audições, mostra de curtas, exposições, teatro, rodas de conversa e mais de 10 shows, até o dia 29 de julho.
Com o intuito de aproximar caminhos, trabalhos e processos, essa trama Transa se ergue em parceria – e só assim seria possível – através de diferentes movimentos, grupos, espaços e coletivos da cidade. O evento será em um espaço na rua Paula Gomes no bairro São Francisco, em Curitiba, e reunirá artistas e articuladores de diferentes áreas e contextos. Parte da programação é gratuita enquanto outros eventos custam entre R$ 5 e R$ 20 a entrada. 

Foto: Jacqueline Kobiyama

Dunas apresenta um som angular e acelerado, de pegada concisa e estrutural


A programação
Segunda-feira, 23

Entrada gratuita
18h30 – Abertura da feira de impressos e exposições
Contará com a participação do Brutas Coletivo, Editora Medusa, Walter Thoms e Heloisa Nichele, autora do e-book “Elas em Foco”, sobre as primeiras fotojornalistas do Paraná. A feira e as exposições ficarão ativas durante todo o Festival.
20h – Audição de ‘Toro’, álbum inédito do projeto Ankou
Ankou é um projeto de música eletrônica experimental de Curitiba, criado por Leonardo Gumiero. Com estética maximalista e excêntrica, trabalha com transformações digitais de sons concretos, assim como o uso extensivo de samples para formar suas narrativas musicais. “Toro” (2018), o terceiro álbum de Ankou, solidifica as aspirações estéticas desenvolvidas ao longo de quatro anos do projeto; samples étnicos, beats programados e instrumentos tocados pelo compositor. 21h – Discotecagem Fatumbi
 

Terça-feira, 24
Entrada gratuita
20h – Cercanias: mostra de curtas com curadoria de Bea Gerolin
A mostra Cercanias traz o olhar de quatro realizadores que habitam Curitiba e, dentro de suas singularidades, olham para dentro e para o entorno, discutindo e provocando o próprio tempo, seja através da denúncia, da memória, do resgate ou do desejo de ocupar espaços antes/sempre negados.
Vó Maria 
Direção de Tomás von der Osten
2011, documentário, 6 min
Memória em três tempos.
Tentei
Direção de Laís Melo
2017, ficção, 15 min
A coragem foi se fazendo aos poucos conforme a angústia tomava o corpo. Em certa manhã, Glória, 34 anos, parte em busca de um lugar para voltar a ser.
Desprendidas
Direção de Ana Esperança 
2017, documentário, 26 min
Através de depoimentos de mulheres negras sobre os enfrentamentos estéticos e políticos vividos por elas ao assumirem seus cabelos crespos, o filme questiona padrões de beleza racistas e fortalece os gestos de resistência da negritude feminina. 
Primavera de Fernanda
Direção de Débora Zanatta, Estevan de la Fuente
2016, ficção, 19 min
Uma mudança de estação na vida de Fernanda. 
21h30 – Conversa com as realizadoras

Quarta-feira, 25
R$ 5 a R$ 10
20h – Ímã convida Roseane Santos no SESC Paço da Liberdade
Ímã é a mais nova banda/mini orquestra de Curitiba. Conta com a participação dos músicos André Garcia (guitarra, violão, voz), Dayane Battisti (cello, cavaco, violão, voz), Franscisco Okabe (flauta, violão 6, violão 7, cavaco, voz), Leonardo Gumiero (baixo, sintetizador, voz), Lorenzo Molossi (bateria, guitarra, voz), Luciano Faccini (violão, guitarra, clarinete, voz), Mariana Ribeiro (percussões, voz), Melina Mulazani (percussões, voz) e Yasmine Matusita (bateria, voz).  
Onde: SESC Paço da Liberdade – Praça Generoso Marques, 189.
21h30 – After com discotecagem de corazón, Pablo Arruda
Buscando referências e formas de conexão cultural, corazón coloca a música brasileira no cerne desse projeto. O poder do discurso e das baterias que o samba bombeia, a originaldade cardíaca da música afrobrasileira, a sonoridade sanguínea do Nordeste e do Norte do país, junto de outros ritmos da América Latina, ditam o caminho para performances Live Edit, nas quais andamento e atmosferas são criadas de momento, abrindo possibilidades para experimentos sonoros transitórios e situações de improviso. 
Onde: Rua Paula Gomes, 529, São Francisco. Entrada gratuita.

Quinta-feira, 26
R$ 10 (meia) e R$ 20 (inteira)
18h – Abertura da casa
19h – Roda de conversa – “Escrita, transversalidade e cena – uma crítica no horizonte do possível” com Cristiano Castilho, Francisco Mallmann e Luana Navarro
21h – Peça “Autobiografia de todo mundo” do Grupo Nômade
“Autobiografia de todo mundo” conversa com performatividade e improvisação em um espetáculo no qual dramaturgia e cena são criadas em tempo real. A cada apresentação o nascimento de uma personagem diferente. Que Frankenstein surgirá hoje no corpo da atriz? Ela está atenta aos turbilhões, à espreita de colagens, operando contágios. Tudo se arma para dar condições à emergência de corpo, dramaturgia e o que mais calhar.

Sexta-feira, 27
R$ 10
A partir das 18h – Show dos projetos Dunas, Loop Room e Roseane Santos
Dunas
Encontro de inúmeras fases, o novo som da Dunas é angular e acelerado, de pegada concisa e estrutural, ao mesmo tempo que busca projeções fluídas através do improviso. Transformado em trio instrumental, lançaram “Antecipei” em maio e caminham pra produção de um novo álbum, cujo material será apresentado integralmente neste show.
Loop Room
Projeto que mistura sintetizadores e instrumentos orgânicos em apresentações de improviso. É joguinho de música, é medley mundial. 
Roseane Santos
Carioca radicada em Curitiba há mais de quinze anos, consolidou-se como uma das vozes mais marcantes no cenário musical da cidade. Neste novo trabalho, Roseane apresenta pela primeira vez canções de sua autoria, e de artistas parceiros, revelando outras características do seu trabalho. 

Sábado, 28
R$ 15
A partir das 17h – Show dos projetos Bface, Ireno, Katze Sounds e Veenstra
Bface
MC, beatmaker e produtor musical com influências de soul, jazz e descobertas sonoras através dos discos de vinil. Envolvido em diversos proje tos da cena underground curitibana, entre eles Suite Para Corações Urbanos, Mixtape AKM VOL.2 e o mais recente Castaña – Tiro de Paz. Trabalha no momento em novos lançamentos solo além da produção de novos artistas no selo audiovisual Suite Music.
Ireno
Ireno é uma mistura tropical e brega de canção brasileira com música digital. É o carioca (de Belfort Roxo!) Kelvin de Souza nos teclados e nos controladores, o cascavelense Matheus Mantovani na guitarra e na voz, o telemacoborbense Acácio Guedes no baixo e o curitibano Daniel D’Alessandro na bateria. Katze soundz
Katze é o projeto solo de R&B alternativo de Katherine Zander (Cora). Em 2017 lançou pela PWR Records o EP “Moon Phases of a Relationship” que traz as fases de um relacionamento de acordo com as mudanças da lua. O resultado é um som climático, noturno conforme a lua e sensual consoante a suavidade das batidas.
Veenstra
Em clima de despedida, Veenstra apresenta o fechamento do ciclo de “Map of the Limbo”, álbum de 2016, com algumas novidades mais aterradas no meio de seu repertório. Despedida também pois este será seu último show antes de um hiato, no qual a banda continuará produzindo seu novo trabalho mas não fará apresentações. Veenstra é Guilherme Nunes, Leonardo Gumiero, Lorenzo Molossi e Marcela Mancino.

Domingo, 29
R$10
A partir das 17h – Show das bandas Ímã, Mestiça e terraplana
Ímã
ímã de nove pontas. Nove musicistas de diferentes regiões musicais. Criadas durante um luminoso encontro de isolamento em Mandirituba, as canções falam do trabalho, da parceria, do som e do corpo na cidade, da sobrevivência.
Mestiça
Mestiça são as filhas de mulheres (negras, brancas e índias) e suas músicas, que carregam a força do feminino brasileiro e sua diversidade. Mestiça traz a pluralidade feminina em forma de espetáculo musical reunindo composições de várias mulheres do Paraná, além de resgatar canções de outras compositoras brasileiras, para falar sobre empoderamento feminino, menopausa, sagrado feminino, sexualidade, identidade de gênero, e outras questões. As canções são arranjadas sob a influência de ritmos brasileiros, como o baião, o xote, o samba, a milonga e o coco de roda. Mestiça é – Cida Airam (voz e triângulo), Érica Silva (voz, violão de aço e nylon, guitarra e contrabaixo) e Gabriela Bruel (cajon, conga, guizos, zabumba, pandeiro, derbac, castanhola).
Terraplana
Terraplana é uma banda de shoegaze que surgiu no cenário independente no final de 2017. A repercussão positiva de seu EP de estréia e das apresentações ruidosas possibilitaram a constante atividade da banda neste primeiro ano, tendo se apresentado pelos estados de SP, SC e PR. 

Serviço
Onde: Rua Paula Gomes, 529, São Francisco.
Quando: De 23 a 29 de julho.
Preço: Entre R$ 5 e R$ 20 + eventos gratuitos.
Realizadores: Coletivo Atlas e Onça Discos.