De acordo com a liderança da oposição na Assembléia, Requião e seus assessores gastaram, entre janeiro e novembro do ano passado, mais de R$ 1,5 milhão em viagens internacionais, incluindo passagens, diárias e gastos pessoais. Deste total, aproximadamente R$ 867 mil foram pagos com cartão corporativo, sistema no qual o servidor tem o valor previamente liberado através de depósito em conta. Somente as passagens aéreas e terrestres e a locomoção consumiram outros R$ 51 mil. Diárias e ajudas de custo despenderam R$ 463 mil dos cofres públicos. As diárias internacionais tiveram custo de R$ 143 mil.

Os custos nos últimos quatro anos, segundo os oposicionistas, chegariam a R$ 210 milhões em diárias, passagens e locomoção. Uma média de R$ 52 milhões por ano, ou R$ 142 mil por dia.

No último dia 25 de outubro, pouco mais de dois meses depois de passar dez dias entre o Japão e a França com uma comitiva de pelo menos vinte pessoas, Requião embarcou para nova viagem ao exterior. Desta vez o destino era Nova Iorque (EUA), onde o peemedebista participou de uma comemoração pelos dez anos de participação da Copel na Bolsa de Valores norte-americana. Apesar de estar previsto apenas um compromisso oficial, Requião e seus acompanhantes aproveitaram para “esticar” a viagem. A solenidade na Bolsa novaiorquina ocupou apenas a manhã do último dia 31 de outubro, uma terça-feira. Mas o governador embarcou com quatro dias de antecedência e só retornou dois dias depois da cerimônia, permanecendo, portanto pelo menos cinco dias, incluindo todo o final de semana na “Big Apple” – uma das cidades mais cosmopolitas do planeta, e paraíso do consumo mundial.

No final de janeiro, o destino de Requião foi o Caribe. Inicialmente, o passeio tinha como justificativa oficial a participação em uma conferência em Havana. Mas o governador aproveitou para dar uma “esticadinha” e da terra de Fidel Castro seguiu direto para os Estados Unidos, mais exatamente Miami. (AB)