O prefeito Rafael Greca (DEM) disse que deverá ‘abrir a cidade’ após o Domingo de Páscoa, celebrado dia 4 de abril, na próxima semana. A afirmação foi feita aos jornalistas Evandro Cini e Tainá Farfan, apresentadores do programa CNN Domingo Manhã, da CNN Brasil, neste domingo, 28.

Greca argumentou que o lockdown deu certo. E usou dados referentes a taxa de transmissão do vírus na cidade, que baixou de 1,41 para 0,89 em dez dias. “Como engenheiro que sou, sei que no dia seguinte da Páscoa eu vou abrir a cidade”, disse ao ser questionado sobre as medidas restritivas impostas pela Bandeira Vermelha, adotada há dez dias na cidade e que foram prorrogadas até o dia 5 de abril. A Saúde municipal adotou o sistema de bandeiras para avaliar os risco de transmissibilidade da doença. A vermelha representa alto risco e, por conta disso, várias medidas sanitárias, como o fechamento do comércio, são adotadas para frear a circulação do vírus. 

De acordo com Greca, Curitiba tem 6 mil leitos no total. Destes, 2.000 estão mobilizados para atender os pacientes com Covid-19, dos quais 1.287 são exclusivos do Sistema Único de Saúde (SUS). O prefeito ressaltou a necessidade de prorrogação das medidas diante do fato de que a taxa de ocupação dos leitos ainda baira os 100% na cidade. “Enquanto estivermos em um sufoco no sistema de saúde, eu não abro a cidade”, justificou. 

Compra de vacinas

Questionado sobre a ButanVac, Greca disse que enviou uma carta ao govenro de São Paulo, pedindo 2 milhões de doses. “Eu tenho uma carta padrão, com o pedido de 2 milhões de doses de vacina. Eu só coloco a minha chancela eletrônica e disparo”, afirmou na entrevista. 

Sobre as vacinas, Greca disse que se puder, vai comprar todas as vacinas. “Vacina não tem partido. É importante a que as pessoas ponham na cabeça que o vírus não tem pátria  e enquanto todo mundo não estiver imunizado, nós estamos correndo risco”, disse. O prefeito ressaltou ainda que as pessoas precisam ter paciência. “Pela Graça de Deus vai passar. É Páscoa! É a Pascoa da cura e da imunização.”

Atendimento à população carente

Questionado sobre a rede de proteção à população de baixa renda, Greca disse que são distribuidas 20 mil cestas básicas por mês pelo Centro de Referência de Assistência Social da Prefeitura. Citou ainda os sesi restaurantes populares, que vendem as refeições a R$ 3, três mesas solidárias que servem 700 refeições diariamente a moradores de rua e os Armazéns da Família, que comercializam os produtos com preços subsidiados.