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Na sexta-feira (29), uma reportagem do Bem Paraná mostrou a história de Carlos Cunha, conhecido como o Seu Carlos, um senhor de 85 anos que há pelo menos dois meses vivia na Rodoviária de Curitiba. Até então, a Fundação de Ação Social (FAS), a Guarda Municipal e até mesmo policiais militares já tinham o abordardo e oferecido acolhimento, mas ele rejeitva e dizia que não queria sair do local. Neste sábado (29), no entanto, uma equipe da FAS conseguiu convencê-lo a ser atendido em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e depois ele foi acolhido na Unidade de Acolhimento Institucional Campina do Siqueira. Ele deverá passar o Réveillon acolhido. 

À reportagem do Bem Paraná, seu Carlos disse: “Minha história não vale a pena de ser contada. Errou, tem de pagar”, disse. Questionado se estava ali pagando por seus erros, ele confirmou, sem entrar em maiores detalhes. “Já tive casa de três, quatro quartos no Maracanã (Rio de Janeiro). Agora estou aqui, pagando pelos meus erros.”

Segundo Lúcia Muniz, funcionária de uma lanchonete na rodoviária e amiga de Seu Carlos, os “erros” ao qual o idoso se refere é ter largado tudo, se desfeito de todas as propriedades que tinha, após a morte do irmão e da esposa. Antes, ele trabalhava como garçom no Rio de Janeiro, onde nasceu e tinha uma vida tranquila.

“A mãe e o pai dele faleceram quando ele ainda era jovem. Em 1982, ele perdeu o irmão, que era o último familiar mais próximo que lhe restava. Em 1996, foi vez da esposa falecer. Então ele ficou desnorteado, vendeu tudo que tinha e se mudou para Portugal. Quando voltou, não tinha mais nada e desde então vive na rua”, conta Lúcia, que desde outubro ajuda Seu Carlos e o faz companhia diariamente – embora relate que já tinha o visto antes vivendo no local.

Desde sua chegada em Curitiba, a FAS relata já ter atendido o idoso 37 vezes, sendo 10 pela Equipe de Abordagem e 10 pela Casa da Acolhida e do Regresso, além de atendimentos em Centros Pop. 

Leia aqui a reportagem sobre Seu Carlos