Henry Milléo

A Justiça marcou para o próximo dia 12 de maio o júri popular do acusado de matar a menina Rachel Genofre, em 2008. Carlos Eduardo dos Santos, que está preso no Presídio de Sorocaba, em São Paulo, por outros crimes, será julgado por homicídio triplamente qualificado mediante meio cruel e ocultação do corpo, com possibilidade de aumento da pena em um terço em caso de condenação. No julgamento, serão ouvidas sete testemunhas escolhidas pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) e outras três pela defesa do réu.

Apesar de o crime ter sido cometido em novembro de 2008, Santos só foi identificado 11 anos depois, em setembro de 2019 por exame de DNA. Ele está preso em Piraquara, mas deve ser transferido para a penitenciária de Sorocaba, em São Paulo, onde já cumpria pena de 25 anos por outros crimes. Após a identificação pelo DNA, o acusado confessou o crime. 

A juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler, da 1ª Vara Privativa do Tribunal do Júri da Região Metropolitana de Curitiba, decidiu em 12 de novembro que Carlos Eduardo dos Santos seria julgado pelo Tribunal do Júri.

Assassino de Rachel Genofre comete crimes há 31 anos; foram pelo menos seis estupros de crianças

O caso

Rachel Genofre, 9 anos, foi encontrada morta dentro de uma mala, abandonada na Rodoviária de Curitiba, no dia 5 de novembro de 2008, com sinais de violência sexual e estrangulamento, dois dias depois dela desaparecer. O principal responsável pela elucidação do assassinato de Raquel Genofre, que estava há 11 anos sem solução, foi o esforço conjunto do governo federal e dos governos estaduais do Paraná e de São Paulo na coleta de perfis genéticos de criminosos. Peritos fizeram um mutirão de coleta de DNA de presos em São Paulo, dentro do Projeto de Identificação de Condenados pelo Perfil Genético desenvolvido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Os dados apontaram para um match genético com o material coletado sobre o corpo de Rachel Genofre.

Homenagem

Com 29 votos favoráveis, a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aprovou em primeiro turno, na sessão remota em 13 de outubro, o projeto de lei para denominar um bem público da cidade em homenagem póstuma a Rachel Maria Lobo Oliveira Genofre.. Quem vai decidir qual logradouro receberá o nome de Rachel será a Prefeitura de Curitiba. Uma petição online, que já conta com mais de 8 mil assinaturas pede que a Rodoferroviária receba o nome da menina. 

A homenagem à Rachel Genofre tramitava a pedido dos familiares da vítima. Ela foi assassinada em 2008, quando tinha nove anos de idade, e teve seu corpo deixado em uma mala na rodoferroviária da capital. O autor do crime foi identificado ano passado, 11 anos depois, graças ao Banco Nacional de Perfis Genéticos, que identificou o acusado detido em São Paulo, preso por estupros e outros crimes.