O laudo da Polícia Científica sobre o atentado a tiros contra a caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana passada, no Interior do Paraná, deve ficar pronto nesta semana. A polícia não determinou uma data exata, mas gatantiu que o relatório será entregue o mais breve possível. O documento deve identificar que tipo de munição atingiu a caravana, distância do disparo, entre outras informações. Pelo menos três tiros foram disparados contra a caravana. Os ônibus foram encaminhados para perícia, na terça-feira da semana passada. Na última quinta-feira, o delegado Wilkison de Arruda, da Polícia Civil de Laranjeiras do Sul, no Paraná, que estava de plantão na terça-feira (27) quando foram feitos disparos, faz duras críticas à estrutura da Polícia, que ele classifica como sucateada. Arruda divulgou uma nota em que aponta que “a demora na chegada de peritos ao local se deu em razão da extrema precariedade a que está submetido o Instituto de Criminalística do Estado do Paraná. O governador Beto Richa, do PSDB, negou as afirmações do delegado e disse que o Estado nunca teve tanto investimento na Polícia Científica. Richa disse que acompanha de perto a investigação caso dos tiros contra a caravana.

Câmeras de segurança da praça de pedágio que fica entre Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul, no interior do Paraná, devem ajudar a polícia a identificar os suspeitos. Dirigentes do Partido dos Trabalhadores afirmam que nomes de dez suspeitos de envolvimento em atentados contra a caravana e 20 números de telefone foram identificados e encaminhados à polícia. O presidente do PT do Paraná, ex-deputado federal Doutor Rosinha, chegou a refutar as declarações que sugerem que o próprio partido poderia ter atentado contra a caravana. Em investigação paralela, o Gaeco, Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público, também vai apurar o caso. A Procuradoria Geral de Justiça entendeu que existe a possibilidade da ocorrência de outros crimes, inclusive nas redes sociais e grupos de Whatsapp.