Vice de Dilma Rousseff em seus dois mandatos e sucessor da petista na Presidência da República após o impeachment, Michel Temer (MDB) por pouco não engrossou a lista de presidentes que acabaram afastados do cargo no pós-redemocratização.
Em duas ocasiões, o destino do emedebista esteve nas mãos dos deputados federais. Na primeira delas, em 2 de agosto do ano passado, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) era de corrupção passiva. Coube, então, à Câmara dos Deputados autorizar o Supremo Tribunal Federal (STF) a julgar o caso (o que resultaria no afastamento do presidente) ou então rejeitar a denúncia, adiando o andamento do processo contra Temer para depois do fim do mandato presidencial.
A sessão de votação, que durou cerca de oito horas, teve 263 votos favoráveis e 227 contrários ao parecer do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que recomendava o arquivamento da acusação. Foram ainda contabilizadas 19 ausências e duas abstenções.
Se à época do impeachment de Dilma a maioria dos deputados invocou "Deus" e a "família" para votar em favor do afastamento, desta vez o argumento para salvar Temer foi a "economia", com muitos deputados citando as reformas implementadas pelo governo emedebista, a retomada do crescimento e a redução do desemprego.
O que dizia a primeira denúncia
A primeira denúncia contra Temer, por corrupção passiva, tinha como base a acusação de que o presidente seria o destinatário de uma mala com R$ 500 mil repassados pel J&F para o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), seu ex-assessor. O caso marcou também a primeira vez em que um presidente da República foi acusado formalmente por um crime comum no exercício do cargo.
Dados completos podem ser baixados no 4shared
Clicando AQUI, você será redirecionado para uma página do 4shared, onde poderá fazer o download da planilha preparada pelo Bem Paraná que apresenta a votação completa de cada uma das denúncias contra Temer. Com o material, é possível verificar como votou cada um dos deputados federais, filtrando ainda a busca pelo nome do deputado, partido e estado do político.
Abaixo, você pode conferir como votou cada partido e cada deputado paranaense.
IMPORTANTE: Em cada uma das denúncias, o voto “sim” ou “não” faz referência à aprovação ou contrariedade em relação ao relatório apresentado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Na primeira denúncia, o relatório foi de autoria do deputado Abi-Ackel (PSDB-MG), que recomendava a rejeição da denúncia apresentada pela PGR. Na segunda, o relator da denúncia foi o deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), que também recomendou a rejeição da denúncia.
VOTAÇÃO DA PRIMEIRA DENÚNCIA CONTRA TEMER
Sigla do Partido | Sim | Não | Abstenção/Ausência |
DEM | 23 | 6 | 1 |
PCdoB | 0 | 10 | 0 |
PDT | 1 | 17 | 0 |
PEN | 3 | 0 | 0 |
PHS | 1 | 6 | 0 |
PMB | 0 | 1 | 0 |
PMDB* | 53 | 6 | 4 |
PODE | 9 | 5 | 0 |
PP | 37 | 7 | 3 |
PPS | 1 | 9 | 0 |
PR | 28 | 9 | 3 |
PRB | 13 | 5 | 1 |
PROS | 2 | 2 | 0 |
PSB | 11 | 22 | 2 |
PSC | 5 | 4 | 1 |
PSD | 22 | 14 | 2 |
PSDB | 22 | 21 | 4 |
PSL | 3 | 0 | 0 |
PSOL | 0 | 6 | 0 |
PT | 0 | 58 | 0 |
PTB | 15 | 2 | 1 |
PTdoB | 1 | 2 | 0 |
PV | 3 | 4 | 0 |
REDE | 0 | 4 | 0 |
SDD | 8 | 6 | 0 |
TOTAL | 263 | 227 | 22 |
→ Como votaram os deputados federais pelo Paraná
Nome do deputado (Partido): Como votou
Alex Canziani (PTB): SIM
Alfredo Kaefer (PSL): SIM
Aliel Machado (REDE): NÃO
Assis do Couto (PDT): NÃO
Christiane de Souza Yared (PR): NÃO
Delegado Francischini (SDD): NÃO
Diego Garcia (PHS): NÃO
Dilceu Sperafico (PP): SIM
Edmar Arruda (PSD): SIM
Ênio Verri (PT): NÃO
Evandro Roman (PSD): SIM
Giacobo (PR): SIM
Hermes Parcianello (PMDB): SIM
Joã Arruda (PMDB): SIM
Leandre (PV): NÃO
Leopoldo Meyer (PSB): NÃO
Luciano Ducci (PSB): AUSENTE
Luiz Carlos Hauly (PSDB): SIM
Luiz Nishimori (PR): SIM
Nelson Meurer (PP): SIM
Nelson Padovani (PSDB): SIM