Valquir Aureliano

Mais um tropeço e o fim da série invicta. E lamentos, muitos lamentos, por parte do técnico Matheus Costa, técnico do Paraná Clube. Após a derrota por 1 a 0 contra o Guarani, no Estádio Brinco de Ouro, o treinador comentou sobre o resultado. O principal lamento, com relação à partida, foram as oportunidades de gol desperdiçada. Outras preocupações, contudo, são a falta de vitórias da equipe dentro de casa (a próxima partida é na Vila Capanema contra a Ponte Preta, na quarta-feira) e os tropeços em sequência contra equipes na parte de baixo da tabela da Série B.

Paraná joga mal, é derrotado pelo Guarani e desperdiça chance de entrar no G4

Sobre a partida, Matheus Costa comentou que o time caiu de produção na etapa final. “Um jogo de dois tempos distintos. No primeiro tempo tivemos mais o controle do jogo e no segundo tempo foi o Guarani. Mas nos dois tempos criamos chance de gol, embora o Guarani tenha tido mais controle do jogo, mais volume no nosso campo no segundo tempo. O que temos de aprender é que nesse nível de competição (não pode desperdiçar), criamos chances reais de gol mas perdemos, sempre com dificuldade em colocar no gol.”

Após o tropeço, porém, a equipe já muda a chave e começa a pensar no próximo jogo, em busca da recuperação dentro de casa. “O momento de lamentação é muito pouco, em três dias jogamos em casa e temos de acabar com isso de não vencer em casa, porque sabemos da importância do nosso torcedor e da Vila Capanema. É vencer para voltar a almejar uma melhor colocação, um lugar no G4.”

Para o treinador, se a equipe não estivesse tendo tanta dificuldades dentro de casa e também não tropeçasse tanto contra equipes teoricamente mais fracas, poderia estar em outra situação, num outro nível dentro da competição.

“Se gente parar na 23ª rodada, estamos com 33 pontos com sete jogos sem vencer em casa e perdendo pontos para equipes de baixo da tabela. Se tivéssemos somados esses pontos, estaríamos com 40 pontos dentro do G4. Para voltar a brigar entre os primeiros precisamos ter um forte fator casa e quando jogarmos contra os times de baixo saber que temos de estar organizados e saber utilizar os erros do adversário.“

Marquinhos e Guilherme Nunes

Contratados há cerca de duas semanas, os dois atletas, que jogaram a Série C pela Tombense, ainda não tiveram oportunidade de jogar pelo Paraná Clube. E na entrevista coletiva, Matheus Costa explicou os motivos para a não utilização dos jogadores, ao menos por enquanto.

“São atletas que estão fazendo parte do nosso elenco. O Guilherme Nunes é um volante canhoto, com muito potencial. Está concorrendo com Fernando Neto, Itaqui, são características próximas. É um jogador de bom passe, trouxemos para fortalecer em caso de suspensão, de lesão. Marquinhos é um meia de centro, está concorrendo com João Pedro, com Alesson. Estão com duas semanas de treinamento e no decorrer podem ter oportunidade.”

Alteração tática

O treinador também foi questionado sobre a possibilidade de mudar a equipe taticamente, apostar numa nova formação ou em outro estilo de jogo para, finalmente, engrenar dentro da Série B. Matheus Costa, então, apontou que a equipe já teria variado bastante tecnicamente em jogos recentes e que o problema do time não tem sido tático.

“Já fizemos 4-2-4, 4-3-3, duas linhas de 4 e o 4-2-3-1, como jogamos hoje. Os atletas têm de saber que devem estar no limite para gente ganhar. E se parar para analisar, todos os nossos jogos estão sendo decididos no detalhe. Então temos de evitar os erros que estamos cometendo e ter mais tranquilidade no ataque para fazer o gol. Estamos criando, finalizamos mais, mas o adversário chegou e fez e nós não estamos conseguindo concluir o gol.”