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O apresentador e jornalista Adilson Arantes, das rádios Caiobá FM, Difusora AM e Ouro Verde e da TV Evangelizar, que teve resultado positivo para o exame de coronavírus, deve deixar o Hospital Ônix nesta terça (7). Ele contou como foram os sete dias em isolamento em casa, oito dias internado, sendo seis na Unidade Intensiva de Tratamento (UTI). “Confesso a vocês que pensei que não fosse viver esse momento pra contar essa minha terrível experiência. Essa doença não é brincadeira. Fiquem em casa, por favor!”, pede ele. 

Ele ficou em isolamento em casa monitorado pelos médicos com muita febre e dores pelo corpo. “Quando chegou a falta de ar e fui internado com suspeita. Na primeira noite o quadro piorou e no outro dia fui direto pra UTI. Seis dias com aparelhos e uma equipe médica espetacular, que me emociono só em falar deles. Todos comprometidos com a vida! medicamentos e observações no pulmão e na capacidade de respirar a todo instante. Eu já estava com pneumonia. Foram os profissionais maravilhosos e a fé que me salvaram”, lembra ele emocionado. 

“O pior momento, não lembro se foi na terça ou quarta à noite, na hora do banho, que era deitado na cama, pois levantar nem pensar. Ao virar o corpo pra enfermeira limpar as costas, me faltou ar e me bateu o desespero. Ali pensei que iria embora. Fui me acalmando enquanto a equipe me atendia. Trinta minutos horríveis. Juro que passei a noite pensando o quanto não valorizamos o básico na nossa vida, o ar que respiramos”, conta Arantes. Ele era o único paciente consciente da UTI do Ônix: “Eu ouvia tudo e via tudo. Eu não tinha paladar pra nada e não tinha vontade de comer nada. Nem de tomar água. Mas há um fato que faço questão de contar pra vocês: um enfermeiro insistindo para que eu comesse alguma coisa. Não foi um simples pedido, percebi a preocupação dele comigo. O jeito, o gesto. Ele ali, em pé, do meu lado, quase desesperado e me tratando como seu fosse um irmão dele. ‘Seu Adilson coma alguma coisa pelo amor de Deus, vai lhe deixar mais fortinho e daí o senhor vai embora logo. Eu sei que o alimento não tem sabor, apenas engula então, por favor'”, lembra ele. 

No momento, Arantes respira sem a ajuda de aparelhos, já consegue se virar sozinho na cama, tomou um banho demorado e anda, bem devagar.  “Depois de quase uma centena de agulhadas e muitos exames e remédios. Estou vivo. Meus amigos, a jornada não foi fácil. Não contei aqui que chorei bastante e o que pensei sobre deixar a vida, os amigos, os meus filhos queridos, a minha amada esposa e o medo de não ver meu neto ou neta nascer. Me sinto voltando de uma guerra, todo arrebentado, cujo inimigo era invisível. e venci”, relembra o jornalista. “Se não precisar, não saia de casa. A vida é curta para ser pequena”.

Morte confirmada – Curitiba tem a primeira morte em Curitiba nesta madrugada de segunda-feira, 6. A vítima era uma paciente com várias comorbidades, que esteve  em visita a familiares em São Paulo. No retorno, no dia 22 de março, ele começou a apresentar complicações, mas ele só procurou atendimento no dia 29, quando foi internada já com quadro complicado de saúde, após procurar atendimento em uma Unidade de Saúde de Curitiba. Segundo a secretária municipal de Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak , ela foi internada no dia 29, com 56 anos.