A médica Virgínia Sores de Souza, que era chefe da UTI do Hospital Evangélico de Curitiba, foi inocentada em processo criminal e também pelo Conselho Regional de Medicina. Ela também ganhou uma indenização na Justiça do Trabalho no valor de R$ 4 milhões, que terá que ser pago pelo hospital. As informações são dos advogados Elias Mattar Assad e Louise Mattar Assad, que em coletiva afirmaram que médica irá processar o Estado por danos morais.

Acompanhe a entrevista da defesa 

A médica era acusada de provocar mortes de pacientes que estavam na UTI. Os episódios suspeitos foram divulgados em 2013, apósinvestigação do Núcleo de Repressão aos Crimes Contra Saúde (Nucrisa), da Polícia Civil. Segundo a investigação, as mortes dos pacientes eram antecipadas para abrir vagas na UTI daquele hospital.

Segundo nota distribuída pelos advogados nessa quinta-feira (dia 20), a médica foi injustamente, presa, acusada de práticas criminosas e linchada moralmente. Ficou provado que a médica apenas praticou atos com justificativas em literaturas médias e objetivos de salvar vidas de pacientes críticos, argumentaram os advogados.

A tese da defesa foi de inocência e ausência de provas, explicaram os Assad. O juiz Daniel Surdi de Avelar, da Segunda Vara do Júri de Curitiba julgou improcedente a denúncia e absolveu sumariamente, completaram. O processo foi encerrado, sem a necessidade de júri popular, segundo os advogados. No entanto, o Ministério Público ainda pode recorrer dessa decisão do juiz. O Ministério Público ainda não foi oficialmente notificado da decisão.

As mesmas teses da defesa foram utilizadas no Conselho Regional de Medicina, que inocentou a médica.

Na Justiça do Trabalho, a médica foi vencedora de ação de indenização contra o Hospital Evangélico em R$ 4 milhões.

Os advogados e a médica vão conceder uma entrevista coletiva nessa sexta-feira (dia 21), em Curitiba.

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