O ministro da Educação, Abraham Weintraub, foi nesta quinta-feira (4) à sede da Polícia Federal em Brasília para prestar depoimento sobre a acusação de racismo em uma manifestação sobre chineses, mas se negou a responder às perguntas da e entregou suas declarações por escrito. O inquérito tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), sob relatoria do ministro Celso de Mello, e foi aberto a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). A defesa tentou suspender junto ao STF a realização do depoimento, mas não obteve sucesso. Com isso, Weintraub teve que comparecer pessoalmente à PF.

No início do mês, em meio à pandemia do novo coronavírus, Weintraub publicou em seu Twitter um post satirizando o modo de falar dos chineses, que provocou dura reação da embaixada da China no Brasil. O ministro insinuou que os chineses poderiam se beneficiar da crise do coronavírus e chegou a usar a forma de o personagem Cebolinha, de Maurício de Sousa, falar trocando o “r” pelo “l”, em uma referência ao sotaque de chineses que falam português. O embaixador da China, Yang Wanming, chamou Weintraub de racista.