Oficialmente, a corrida pela sucessão presidencial só deve começar em meados do ano que vem. Até aqui, são poucos os nomes garantidos em 2018, como Jair Bolsonaro e Álvaro Dias. Ainda assim, todos já trabalham para construir desde já uma forte candidatura. São os casos de PT e PSDB, dois dos principais partidos do país, que já preparam o terreno para seus principais nomes (e também os ‘planos B’).

No Partido dos Trabalhadores (PT), sabe-se que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o nome mais forte, inclusive liderando com sobras todas as pesquisas de intenção de voto, apesar do bombardeio que ele sofre da imprensa e dos problemas que enfrenta na Justiça. Problemas estes, aliás, que podem acabar o tirando do páreo no ano que vem.

Até por isso Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação, faz uma série de viagens pelo Brasil. Em seis meses, o petista visitou ao menos nove estados e dois países em 14 eventos públicos. A situação, de acordo com o Estadão, teria incomodado a cúpula do partido, que oficialmente nega que exista um plano B caso Lula seja condenado em segunda instância antes da eleição e fique impedido de concorrer.

No outro lado do especto político, o PSDB com o prefeito de Sâo Paulo João Doria e o governador paulista Geraldo Alckmin. Este, aliás, foi quem lançou o empresário como candidato a prefeito e pode acabar ficando para trás na corrida presidencia, seu “sonho de consumo”>

Na semana passada, por exemplo, Doria esteve em Curitiba. Aqui, ouviu o governador Beto Richa dizer que espera ver, “em breve”, o paulistano colocar o “estilo empresarial de governar em todo o país”. Nas próximas semanas, o prefeito deve visitar Palmas (TO), Natal (RN), Fortaleza (CE), VIla Velha (PB), e Belém (PA).

Alckmin, por sua vez, também segue em andança pelo país, na esperança de conseguir se recuperar do impacto por ter o nome envolvido no escândalo da Lava Jato. Desde 2011, só não visitou 17 dos 645 municípios de seus estado. Além dissso, foram nove viagens para fora do estado neste ano, número que deve aumentar nos próximos meses, quando ele visitará o nordeste e percorrerá o interior do Pará até a fronteira com o Mato Grosso.