Francisco José da Silva – Antigos registros contam que invocação à santa “livrou” Paranaguá de pandemias como a gripe espanhola

No dia 3 de maio, Dom Edmar Peron, Bispo da Diocese de Paranaguá e o Padre Dirson Gonçalves reitor do Santuário Estadual, foram levar a imagem original de Nossa Senhora do Rocio, Padroeira do Paraná, até Curitiba para uma peregrinação de orações e de bênçãos.

A motivação para esta “visita” foi pedir à Nossa Senhora, que em Paranaguá recebeu o título “do Rocio” para interceder pela cura da pandemia do coronavírus. Consta no livro tombo da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário, (atual Catedral de Paranaguá), que 1686 os habitantes da Vila, haviam recorrido aos favores de Nossa Senhora para que ela os livrasse de uma terrível doença que se espalhava pelo mundo

Os registros dão conta que os habitantes receberam este favor e a peste foi milagrosamente banida do litoral do Paraná. O mesmo aconteceu em 1901 (peste bubônica) e 1918 (gripe espanhola). Segundo historiadores, estes acontecimentos, espalhados pelos marinheiros e viajantes a partir do Porto, firmaram a devoção em Nossa Senhora do Rocio como protetora da saúde, principalmente em casos de epidemias.

A peregrinação com a imagem teve a primeira “parada” em São José dos Pinhais, para orações e registro dos fiéis. Pouco depois das 11 horas a imagem chegou ao Santuário de NSra de Guadalupe onde foi rezada a Santa Missa.

Depois da Missa, os bispos ofereceram à Nossa Senhora, 399 rosas que continham o nome de todos os municípios do Paraná. Estas rosas foram levadas para Paranaguá e no final da peregrinação, em frente ao Santuário, foram entregues nos carros das famílias que participaram de uma carreata em homenagem à santa.