Franklin de Freitas – Separação das cestas

Quase uma centena de crianças com câncer que são atendidas por uma Organização Não Governamental (ONG) no bairro Fazendinha, em Curitiba, podem ficar desassistidas a partir deste mês, por falta de recursos. A ONG Projeto União Solidária, que atende 40 famílias regularmente, pediu “socorro” em razão da falta de verbas nesta época do ano. As crianças atendidas tem câncer, doenças correlatas ou doenças raras. Neste mês, a ONG está com o aluguel e outras contas atrasadas. Falta, principalmente, dinheiro para compra de equipamentos e kits específicos para crianças com necessidades específicas, como colchões magnéticos e exames não cobertos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“Nesta época, agora em janeiro, caíram em mais de 50% as doações e a gente ficou com tudo atrasado. Água, luz, aluguel… Faltam itens básicos dos kits que a gente distribui”, afirma a coordenadora da ONG, Vanessa Ribas Saade. Entre os motivos da queda na arrecadação em janeiro estão os gastos que os doadores tem com impostos no início do ano e com as festas de fim de ano.

A coordenadora ressalta que as doações em dinheiro são as mais importantes neste momento, já que os gastos mensais fixos giram em torno de R$ 12 mil. “A manutenção da ONG é o principal problema agora”, diz.

Contatos no site: www.uniaosolidariacuritiba.com.br

Fraldas e cestas
A União Solidária fornece fraldas, lenços umidecidos, hidratantes, óleos de girassol, itens de higiene, além de produtos e equipamentos específicas para cada tratamento. “Todo mês é fornecida uma cesta básica de alimentos e um kit de necessidades. É bastante coisa que essas crianças usam. Os alimentos nós conseguimos, estamos pagando as cestas básicas de janeiro e conseguimos arrecadar para fechar as de fevereiro. Mas fora tudo isso, tem as arrecadações eventuais. Temos uma criança que precisa de um colírio de uso continuo, que custa R$ 45 por semana. Temos um menino que fez exames nesta semana e que custaram R$ 500, e o SUS não cobre. Então, cada criança tem uma necessidade especial”, conta a coordenadora da ONG, Vanessa Ribas Saade. A coordenadora afirma que novas iniciativas estão em planejamento. “Ganhamos um fogão industrial e estamos atrás de pessoas que possam dar cursos de culinária e a gente vender os produtos para também arrecadar. E no próximo sábado vamos fazer o Dia do Pastel Solidário”, convida.