Reprodução/Facebook PSD

Pré-candidato a prefeito de Curitiba, o deputado federal Ney Leprevost (PSD), se reuniu ontem em Brasília com o presidente nacional do PSD, ex-ministro Gilberto Kassab. Na conversa, os planos de Leprevost para a disputa na Capital paranaense. O parlamentar é considerado pela cúpula nacional da legenda como uma das prioridades da sigla nas eleições municipais deste ano.

Nome de peso
Na oportunidade, Kassab disse que considera Leprevost um dos excelentes quadros do partido para as eleições de 2020 e que o PSD tem grande interesse em eleger o maior número de prefeitos em todo o Brasil. “O deputado Ney Leprevost é um dos nomes de peso do PSD, o partido vai estar unido em prol de sua candidatura a prefeito, acreditamos que ele tem tudo para vencer e fazer uma brilhante gestão em parceria com o governador Ratinho Junior que também está orgulhando o partido pela condução moderna e competente com que vem conduzindo sua administração no Paraná”, afirmou o dirigente.

Bate boca
Vereadores discutiram rispidamente na sessão de ontem da Câmara Municipal de Curitiba, na votação do novo regimento interno da Casa. A discussão foi motivada por uma subemenda que regulamenta as sessões remotas, adotadas pelo Legislativo desde o início da pandemia. Havia um acordo prévio entre a liderança de oposição e a Mesa Executiva para que a subemenda fosse rejeitada, para que a regulamentação fosse discutida com maior profundidade. A subemenda, porém, foi aprovada por 16 votos a 14.

Acordo ignorado
A líder da oposição Noemia Rocha (MDB) disse estar “muito aborrecida”, pois “se o vereador não quiser a população por perto, (ele) pede votação remota” e falou em “submissão do parlamento ao Executivo”. Ela reclamou do fato de que os parlamentares ignoraram o acordo. A fala gerou reação negativa de lideranças partidárias, em especial de Paulo Rink (PL), que qualificou a crítica da parlamentar de “discurso barato” e que ninguém havia procurado ele para tratar do assunto. Ao final, Noemia Rocha pediu desculpas.

Corrupção
A 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba aceitou denúncia oferecida pela força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, e o empresário Luis Alfeu Alves de Mendonça, ex-diretor da Multitek Engenharia. Eles se tornaram réus pelas práticas de corrupção e lavagem de dinheiro em esquema que, em dois anos, fraudou contratos que totalizaram R$ 525.781.462,72 e resultou no pagamento de propina no valor de pelo menos R$ 3.964.681,54. Essa é a 14ª denúncia da Lava Jato aceita pela Justiça Federal em 2020.

Propina
Segundo a denúncia, entre 2011 e 2012, há provas de que Luis Alfeu prometeu e efetivamente realizou o pagamento de valores indevidos a Duque para, em troca, obter vantagens em três contratos e respectivos aditivos com a Petrobras. Duque, por sua vez, na condição de diretor de Serviços, utilizou-se do seu cargo para favorecer a Multitek. Para ocultar e dissimular a origem e disposição dos valores indevidos, Luis Alfeu e Duque se valeram dos serviços dos irmãos Milton Pascowicht e José Adolfo Pascowicht, que lançaram mão a uma série de estratégias, como a celebração de contratos ideologicamente falsos, aquisição de obras de arte e custeio de reformas imobiliárias. Os irmãos Pascowicht celebraram acordo de colaboração com o MPF, no âmbito do qual revelaram todo o esquema criminoso.