O fim do segundo turno das eleições em 28 de outubro deve marcar o início da disputa pela presidência da Assembleia Legislativa. Assim que for sagrado o presidente da República, os deputados eleitos e reeleitos devem iniciar suas campanhas. Além do atual presidente, Ademar Traiano (PSDB), devem disputar a presidência da Assembleia os deputados Luiz Claudio Romanelli (PSB), Fernando Francischini (PSL) e Guto Silva (PSD). 

Peso 
Traiano quer sua segunda reeleição seguida na Assebleia. Francischini, por controlar uma bancada de oito deputados do PSL, que já declarou apoio ao governador eleito Ratinho Junior (PSD), e por ter sido o deputado estadual eleito com maior número de votos na história (427.627 votos) também está entre os favoritos. Romanelli, que sempre integra a base governista, é ex-líder dos governos Beto Richa (PSDB) e Roberto Requião (MDB), e também almeja o controle administrativo da Assembleia. O outro candidato é Guto Silva, que é do mesmo partido e próximo do governador eleito, ele também tem chance por coordenar a segunda maior bancada, com cinco deputados, além dos integrantes do PSC (quatro deputados), tradicionalmente fieis a Ratinho Jr. O aval do governador, certamente, será decisivo. 

Secretariado 
O apoio de personalidades políticas relevantes no cenário eleitoral paranaense deve influenciar na composição do secretariado do governador eleito Ratinho Junior (PSD), até agora em segredo. Dentro da campanha, os escudeiros da vitória foram o ex-deputado, ex-ministro e ex-secretário Reinhold Stephanes, o ex-secretário Norberto Ortigara, além do vice Darci Piana, ex-presidente da Fecomércio. O deputado federal reeleito Rubens Bueno, que controla o PPS no Paraná, e o próprio deputado Ademar Traiano (PSDB), que oficialmente integrava a chapa de Cida Borghetti (PP), mas desembarcou da campanha para apoiar Ratinho Jr, também esperam uma indicação, deles próprios ou de outros de sua escolha. Entre as lideranças que devem exercer sua influência, está o ex-prefeito de Londrina Alexandre Kireff (PODE), o ex-prefeito de Cascavel Leonaldo Paranhos (PSC) e o prefeito de Maringá Ulisses Maia. 

Paraná terá R$ 2 bi a menos em 2019 
Projeto de lei (PL) com os orçamentos e despesas previstas para 2019 enviado pelo governo do Paraná na semana passada para a Assembleia Legislativa prevê que o caixa do governo receberá pouco mais de R$ 54 bilhões. A quantia apresenta queda de R$ 2 bilhões em comparação com o previsto para este ano, cujo PL enviado em 2017 pelo governo estimava receber cerca de R$ 56 bilhões. A principal queda nas receitas para o próximo ano em comparação à tabela prevista em 2017 está em receitas de capital e em receitas intra-orçamentárias correntes, que juntas previam uma receita de R$ 9,8 bilhões em 2018, mas que passará a ter uma meta de R$ 4,8 em 2019. 

Copel vende avião
A Copel tenta vender por no mínimo R$ 19,3 milhões uma aeronave que foi comprada por R$ 16,5 milhões no início da gestão do ex-governador Beto Richa (PSDB). Com preço mínimo de venda cerca de R$ 3 milhões a mais do que o valor pago seis anos antes, o leilão aberto pela estatal foi deserto. O avião (King Air B300) voou pouco mais de 1,2 mil horas após a compra. A Copel afirma que a diferença de preço se dá pelo fato de que é “praxe do mercado que o valor de aeronaves esteja vinculado ao dólar”. Com isso, em dezembro de 2011, quando foi realizada a compra, a cotação do dólar era de R$ 1,85. Em agosto deste ano, no lançamento do edital, o dólar estava cotado em R$ 4,07. Assim, em vez de uma valorização de R$ 3 milhões, a diferença dos preços de compra e de mínimo para venda representa uma desvalorização de 53%. Ou seja, enquanto que a compra, em 2011, com a conversão da moeda, teria saído por cerca de US$ 8,9 milhões, pelo preço mínimo de leilão pedido pela Copel neste ano, a mesma aeronave poderia ser vendida a US$ 4,7 milhões.