Ernani Ogata – Rafinha e Samir Namur

O ponta Rafinha, 35 anos, chegou a Curitiba nesta quinta-feira (dia 16). Ele foi recebido por torcedores no Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, e logo em seguida apresentado oficialmente no Couto Pereira. Em entrevista coletiva, o jogador falou sobre sua saída do Cruzeiro e ficou emocionado ao se referir ao Coxa como sua casa. Também prometeu que sua atitude de ‘jogador rebelde’ ficou no passado.

Algumas estatísticas, inclusive, comprovam que Rafinha está mais calmo. De 2010 a 2013, pelo Coritiba, recebeu 33 cartões amarelos e três vermelhos em 108 jogos por competições nacionais. Pelo Cruzeiro, de 2016 a 2019, somou oito amarelos e um vermelho em 89 partidas por torneios nacionais. “Melhorei um pouco. Aqui eu recebi várias broncas por ser um jogador rebelde, que era expulso e tomava cartão. Isso aí eu mudei um pouquinho. Nas entrevistas estou mais tranquilo. Vocês vão ver. Não vai ter mais polêmica, nem nada. Em campo, a vontade de vencer é sempre a mesma. Gosto de vencer, não gosto de perder nem treino. Sou um cara vencedor”, declarou.

No Coritiba, Rafinha vai desafiar o retrospecto negativo dos ‘retornáveis’ – clique aqui para saber mais.

RETORNO AO CORITIBA
“Eu estou voltando para a minha casa e para um clube que eu gosto. Tenho os meus filhos coxas-brancas e a minha família que torce para o clube. Eu precisava de carinho e reconhecimento. Agradeço também ao torcedor do Cruzeiro, mas aqui é a minha casa. Eu vim para trazer o clube para um lugar que nunca deixou de estar”

APOSENTADORIA
“Não estou voltando para encerrar a carreira. Eu voltei porque sinto que tenho condições de ajudar. No final do ano, eu tenho certeza que vamos estar todos juntos comemorando”

RITMO DE JOGO
“Eu estava treinando no Cruzeiro, ainda preciso conhecer o grupo e a forma que o treinador joga. Faz tempo que não jogo a Série B, então preciso me readaptar. Eu pedi para o presidente para ter um contato com o grupo até o meu nome sair do BID. Eu estou à disposição, já estou com corpo e alma e com os mesmos objetivos do grupo”

SAÍDA DO CRUZEIRO
“Em outras épocas, ninguém sabe, mas pedi duas vezes para o Mano. Estava sentindo que precisava voltar. O Mano não deixou e disse que eu era peça importante do clube, um dos jogadores que mais jogava. Por isso, antes disso, mesmo diante dos meus pedidos, tive meu retorno ao Coritiba dificultado. Em relação ao Mano, ele entendeu que foi meu pedido, mas falou que contava comigo. Não foi a primeira vez que fui fazer o pedido para sair. O pedido de sair era sempre para voltar ao Coritiba. Em nenhum momento, eu tive a ousadia de pedir ao Mano para sair e ir para outro lugar”

PALAVRA DO PRESIDENTE
O presidente Samir Namur explicou que o jogador queria um contrato até o final de 2021. No entanto, o mandato do dirigente termina em dezembro de 2020. “O prazo do contrato foi o que nos fez passar um tempo em negociação. A preocupação que essa gestão é com a questão financeira do clube. Nós queríamos trazer o Rafinha até o final da gestão, em 2020, até para não trazer ônus para a próxima gestão. O Rafinha queria um tempo maior de contrato, o que é justo pela qualidade, nós ficamos em um meio-termo e fechamos até abril de 2021. Nós abrimos uma exceção”, explicou Namur.