ANA LUIZA ALBUQUERQUE E LUCIANO NAGEL

CURITIBA, PR E PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) – Após uma madrugada com oito mortes, a Brigada Militar e a Polícia Civil do Rio Grande do Sul reforçaram a segurança em Viamão, município na região metropolitana de Porto Alegre, nesta terça-feira (19).

Sete das vítimas morreram a tiros em ataques ocorridos simultaneamente em três endereços, por volta da meia-noite. Na tarde desta terça, mais um corpo foi localizado a menos de 1 km da região onde ocorreram as outras mortes.

A polícia ainda investiga se os crimes estão relacionados.

A secretaria de Segurança parte da hipótese de que a chacina foi consequência do recrudescimento de uma disputa territorial e do controle do tráfico de drogas por organizações criminosas da região.

De acordo com a Brigada Militar, o primeiro assassinato ocorreu dentro de uma residência na rua Guarapari, localizada na Vila Augusta.

No local, três pessoas foram mortas: Douglas da Costa Orguin, 19, Stefânia Carvalho da Silva, 20, e Greice Kelly da Mota Jorge, 28. Das três vítimas, apenas Greice tinha passagem, por tráfico de drogas.

Outras três pessoas foram mortas em uma casa na rua Prof. de Freitas Cabral, no mesmo bairro – a identidade das vítimas não foi confirmada.

Em outra rua próxima, Araranguá, Cláudio Roberto Gonçalves, 38, foi morto a tiros.

A Polícia Civil encaminhou cinco policiais para reforçar as investigações. Parte do efetivo do BOE (Batalhão de Operações Especiais) de Porto Alegre também foi enviado a Viamão.

A delegada titular da delegacia de Homicídios de Viamão, Caroline Jacobs, disse a jornalistas que a investigação ainda não conseguiu confirmar a relação entre as mortes.

Viamão, segundo o Atlas da Violência 2018, está na 21ª posição entre as 309 localidades mais violentas do Brasil com mais de 100 mil habitantes.