O secretário estadual do Trabalho, Emprego e Economia Solidária, Luiz Claudio Romanelli, encaminhou nesta quarta-feira (30), para análise do Conselho Estadual do Trabalho, três propostas sobre métodos de reajuste salarial do piso do salário mínimo regional do Paraná, para o ano de 2014. 

A discussão sobre o reajuste do salário mínimo regional do ano que vem já está sendo realizada. Chegamos a três opções, com base em estudos técnicos realizados pelo Observatório do Trabalho da Secretaria, disse o secretário. 

A primeira opção encaminhada ao Conselho prevê aumento de 9,19%, referente ao índice de atividade econômica regional – Paraná (IBCR-PR), calculado pelo Banco Central, mais a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) referente à média das áreas pesquisadas pelo IBGE. 

A segunda opção prevê reajuste de 9,56%, equivalente à média trienal das variações reais do PIB brasileiro considerando os últimos três resultados anuais disponibilizados pelo IBGE mais a variação do INPC referente à média das áreas pesquisadas nacionalmente. 

A terceira opções prevê reajuste de 8,97%, equivalente à variação nominal do salário médio de admissão de grandes grupos ocupacionais abrangidos pela política do salário mínimo regional, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do MTE, considerando a média de doze meses em comparação à média dos doze meses anteriores. 

Uma comissão tripartite do Conselho Estadual do Trabalho, que tem representação de trabalhadores, empregadores e poder público, irá debater o tema. A intenção é chegarmos a um consenso para que seja fixado um índice com a concordância de todas as partes, diz Romanelli. 

O secretário explica que até o momento a representação patronal não indicou seus representantes na comissão tripartite criada pelo Conselho Estadual do Trabalho para analisar o reajuste do piso do salário mínimo regional. É necessário que o setor patronal indique seus representantes. Se isso não acontecer, o Conselho Estadual do Trabalho vai analisar os índices propostos e deliberar. Com consenso ou sem acordo haverá uma decisão, diz Romanelli. 

LEGISLAÇÃO – Romanelli ressalta que a Lei 17.135, de 01/05/2012, define em seu artigo quarto que a política de valorização dos pisos salariais a serem fixados a partir de 2014 será objeto de negociação tripartite entre as centrais sindicais, federações patronais, com a participação do governo do Estado e acompanhamento do Ministério Público do Trabalho e Superintendência Regional do MTE. 

O parágrafo único do mesmo artigo diz que a atualização será subsidiada por estudos técnicos do Observatório do Trabalho em proposta a ser encaminhada ao Conselho Estadual do Trabalho.