A Copa do Mundo só começará quinta-feira (12), mas já houve festa de seleção campeã mundial de 2014 neste domingo. A equipe do Condado de Nice, do sul da França, conquistou o título ao bater o time da Ilha de Man, localizada no mar da Irlanda, por 5 a 3 nos pênaltis, após empate sem gols na final. A primeira edição do Campeonato Mundial da ConIFA (Confederação das Associações de Futebol Independentes) aconteceu diariamente, durante uma semana, na cidade sueca de Östersund, de cerca de 45 mil habitantes.

A disputa reuniu 12 selecionados que representam regiões, Estados e grupos étnicos. Eles obedecem às regras da Fifa, mas não são aceitos pela entidade que comanda o futebol internacionalmente. Em casa, os jogadores da Lapônia decepcionaram sua torcida. Foram eliminados na primeira fase com duas derrotas.

Depois de baterem os tâmeis, foram goleados, na disputa pelo nono lugar, por 5 a 1 pela equipe de Nagorno-Karabakh, que reclama soberania no Azerbaijão. Vexame maior deu a delegação de Darfur, formada por refugiados do oeste do Sudão, cuja crise humanitária resultou de confrontos entre a população local e o exército nacional. Acabou na lanterna com 61 gols sofridos e nenhum marcado.

Na estreia, os sudaneses foram humilhados por 20 a 0 diante da Padânia, que deseja a independência do norte da Itália. Em seguida, sofreram 19 a 0 contra a Ossétia do Sul, que rejeita o resto da Geórgia. Ainda levaram 12 a 0 de Nagorno-Karabakh e 10 a 0 do Tâmil, que se rebela no Sri Lanka.

Três vezes campeã mundial em outros torneios não-Fifa, a Padânia ficou em quinto lugar. Contou até com Enock, o irmão caçula do atacante Mario Balotelli, da seleção italiana. Derrotado por ela, o Curdistão Iraquiano, que vinha de um título em casa, terminou na sexta posição.

ORIGEM O chamado futebol não-Fifa já havia celebrado cinco vezes a Copa do Mundo Viva, organizada pela N.F.-Board, que nasceu em 2003. Além de Lapônia, Padânia e Curdistão Iraquiano, também participaram Mônaco, Occitânia, Camarões do Sul, Provença, Reino das Duas Sicílias, Sahara Ocidental, Ilha de Gozo, Zanzibar, Tâmil, Chipre do Norte, Darfur e Récia. São admitidos atletas amadores e profissionais.