Quando ela vai, de saia curta e cabelos longos, não dá para saber a idade que tem. Mas vindo, que deselegância, revela ter passado dos 40. Me poupe, Carolina Herrera! A estilista venezuelana declarou dia desses o desconforto com esse tipo de situação e aproveitou para definir que, depois dos “enta”, a elegância reside em cabelos curtos, roupas comportadas e comportamento idem. Confesso que achei a declaração demodê.
Vasculhando os códigos, não há nada que comprove isso. O que há são costumes, fórmulas repetidas tantas vezes e que estão aí para serem questionadas. Medir a elegância pelo comprimento da saia ou do cabelo é um pensamento no mínimo ultrapassado, chegando a ser preconceituoso. Está ali, juntinho da ideia de que só o cabelo liso é bom, de que quem está acima do peso não pode usar biquini ou vestido ou roupa justa. Para tudo! Afinal, de que mulher estamos falando? O que faz bem a ela? O que a deixa feliz e a faz se sentir bonita? É isso que importa.
Elegância de verdade é cuidar da própria vida. Olhar mais para si do que para o outro é necessário, recomendável e edificante. Experimente você também!
Se cabelo comprido quebra as regras de elegância, pense, então, em cabelos longos e grisalhos. É puro charme, minha gente
Quer penteado bagunçado? Look moderninho? Descombinar tudo? Você e a Cate Blanchett podem. Sempre!
Para usar onça, decote, cabeleira indomada e ser sexy, não tem idade
Franca Sozzani, editora da Vogue Itália, fez dos longos cabelos uma marca, que a acompanharam por toda vida