Franklin de Freitas

A Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil organizou uma força-tarefa para verificar a situação das edificações públicas e particulares de Itaperuçu, na Região Metropolitana de Curitiba, atingida por um tornado no último sábado (01). Até agora, os prejuízos estão estimados em R$ 6,5 milhões. Ao todo, 414 casas foram danificadas e 12 destruídas e 1.704 pessoas foram afetadas.

A partir desta quarta-feira (5), os agentes da Defesa Civil, acompanhados de voluntários da organização Engenheiros Sem Fronteiras e da Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis (Cosedi), estarão em Itaperuçu para visitar as residências e imóveis públicos danificados. Eles vão elaborar os projetos de recuperação para embasar o Plano de Trabalho que será encaminhado ao governo federal para conseguir recursos destinados à reconstrução da cidade.

O coordenador executivo da Defesa Civil, major Antônio Hiller, explicou que é necessário identificar quais edificações precisam de interdição parcial ou total, as que devem ser demolidas por apresentarem riscos e quais podem ser recuperadas. “Neste último caso, os engenheiros voluntários passarão a indicar medidas que podem ser tomadas para a recuperação, qual a mão de obra, o tipo de material e projetos necessários para isso”, explicou.

RESPOSTAS – De acordo com o major Hiller, existem duas formas de resposta do governo federal: uma imediata, com o envio de recursos para o atendimento emergencial, e outra planejada, em que é necessário o encaminhamento de projetos por parte do Estado e do município para a reconstrução da cidade.

“Desde o primeiro momento do desastre, em que houve o atendimento por parte do Governo do Estado e do município, podemos requisitar o apoio de outras organizações para complementar as ações de resposta e de recuperação”, disse o major Hiller.

HUMANITÁRIA – Gustavo Stresser, voluntário da Engenheiros sem Fronteiras, explicou que a organização atua com a engenharia humanitária, elaborando projetos voltados a pessoas e comunidades em situação de vulnerabilidade ou entidades sociais. “O evento ocorrido em Itaperuçu tem total convergência com o nosso modelo de atuação”, afirmou. “Em conjunto com a Defesa Civil e a Cosedi, vamos auxiliar na parte de orçamento e de materiais. Faremos o levantamento para tornar mais célere esse processo e facilitar o andamento posterior da reconstrução do município”, explicou.