Divulgação Embaixada de Israel – Israelenses no último dia de participação em buscas em MG

Em reunião com a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e autoridades do Ministério Público Federal, o presidente da empresa Vale, Fábio Schvartsman, comprometeu-se ontem a acelerar os acordos extrajudiciais para as famílias de mortos e desaparecidos em Brumadinho, nos arredores de Belo Horizonte. A iniciativa ocorre seis dias depois do rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão.
“Nossa intenção foi revelar o propósito de acelerar ao máximo o processo de indenização e atendimento às consequências do desastre. Para tanto, estamos preparados para abdicar de ações judiciais, e estamos preparados porque queremos fazer acordos extrajudiciais”, afirmou Fábio Schvartsman, acrescentando que pretende iniciar os pagamentos.
Segundo o executivo, as negociações são conduzidas pelas autoridades de Minas Gerais para que a Vale “comece imediatamente a fazer frente a esses processos indenizatórios”. De acordo com Schvartsman, não há valores definidos nem prazos estabelecidos. Ele informou que, tão logo sejam assinados os acordos, serão feitos os repasses.
“A primeira atenção é às vítimas, às famílias. Todo o resto é importante, ninguém tira a importância, todo o resto será cuidado”, afirmou Schvartsman, após a reunião, da qual participaram também a procuradora-federal do Direito do Cidadão, Débora Duprat, e Antonio de Cunha, da 6ª Câmara Indígena, e a, secretária de Direitos Humanos do Conselho Nacional do Ministério Público, Ivana Farina.
Sirene – Na reunião, o presidente da Vale confirmou que a sirene que iria soar foi “engolfada” pela lama no momento do rompimento da barragem de rejeitos da Mina Córrego do Feijão. Segundo Schvartsman, foi uma situação incomum. “É uma coisa trágica, pelo que histórico de rompimento demonstra. Aqui aconteceu um fato que não é muito usual: a sirene que iria tocar foi engolfada pela queda da barragem antes que ela pudesse tocar.”
Atualização – A Defesa Civil de Minas Gerais informou ontem que aumentou o número de mortos no desastre da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, nos arredores de Belo Horizonte.
Pelo último balanço divulgado ontem, são 110 mortos, 238 desaparecidos e 394 identificados. Dos mortos, 71 foram identificados por exames realizados pela Polícia Civil. Também há 108 desabrigados e seis pessoas hospitalizadas.