SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Taxistas fazem manifestação no aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (4). Os motoristas realizam um bloqueio e buzinaço na área de desembarque do aeroporto para tentar convencer colegas que trabalham no local -e que não integram cooperativas- a participar de ato em frente à Câmara Municipal. Passageiros que desembarcavam não conseguiram tomar táxis e tiveram que sair a pé em busca de alternativas, como ônibus. O Legislativo municipal deve votar nesta quarta o projeto que regulariza aplicativos de transportes como o Uber. A ideia dos taxistas é sair em comboio do aeroporto para a Câmara de Vereadores. Mais do que legalizar o polêmico serviço on-line que conecta motoristas a passageiros e causa a revolta dos taxistas, o projeto prevê regulamentação de aplicativos de carona e de aluguel de carros particulares. O aeroporto ficou fechado pela manhã nesta quarta por mais de uma hora por causa da forte neblina que atingiu a região. Dez voos foram cancelados. Mesmo se a Câmara não votar, o prefeito Fernando Haddad (PT) vai regulamentar o serviço por decreto, conforme a Folha de S.Paulo mostrou na semana passada. É isso que boa parte dos vereadores quer. O fim da discussão na Casa evitaria mais desgastes, já que taxistas ameaçam novos protestos, como o da semana passada, em frente à Câmara. Taxistas ameaçam “parar a cidade” caso o Uber seja legalizado, pois consideram que o aplicativo faz concorrência desleal. “O prefeito, então, que faça por decreto e tire esse inferno da Câmara”, disse Nelo Rodolfo (PMDB), durante a reunião de líderes de partido na terça (3). Representante de interesses dos taxistas, Adilson Amadeu (PTB), apresentou um requerimento com assinaturas de líderes de oito partidos (PSDB, PTB, PV, PR, DEM, PRB, PSB e PP) para retirar o projeto da pauta.