A Espanha marcou sete e a Inglaterra anotou seis na primeira rodada da fase de grupos. Mas a inspiração de espanhóis e ingleses não contaminou as demais seleções nas duas rodadas seguintes da Copa do Mundo do Catar. Por consequência, este Mundial conta no momento com a quarta pior média de gols da história das Copas.
Ao fim da fase de grupos, nesta sexta-feira, a competição conta com exatos 120 gols marcados em 48 jogos disputados até agora. A média é de 2,5 gols por partida. Este número só é superior à média total registrada nas Copas de 1990 (2,21), de 2006 (2,30) e de 2010 (2,27).
As edições mais recentes do Mundial contaram com médias superiores. Na Rússia, há quatro anos, a estatística bateu em 2,64 (169 gols em 64 jogos). No Brasil, em 2014, o número foi ligeiramente superior: 171 gols em 64 partidas – média de 2,67. Há 20 anos, quando o Brasil faturou o pentacampeonato, a Copa da Coreia do Sul e do Japão teve média de 2,52.
Até agora, antes do início do mata-mata no Catar, as seleções de melhor ataque são justamente Espanha e Inglaterra, ambas com nove gols. Os dois times contaram cada um com uma sonora goleada para impulsionar suas estatísticas. Na primeira rodada, os ingleses aplicaram 6 a 2 no Irã. Os espanhóis foram ainda mais incisivos: 7 a 0 na Costa Rica.
As duas equipes europeias estão classificadas para as oitavas de final. Assim, poderão ampliar seus números ofensivos nos próximos dias. Os ingleses vão enfrentar Senegal, enquanto os espanhóis vão duelar com Marrocos.
DISCIPLINA
Os jogadores estão mais disciplinados nesta Copa em comparação ao Mundial de 2018 levando em conta somente a fase de grupos. No Catar, já foram feitas 1.159 faltas, média de 24,1 por jogo. Na Rússia, foram 1.289 faltas somente na primeira fase, uma média de 26,8.
A seleção mais indisciplina até agora é a Arábia Saudita, quarta e última colocada do Grupo C, já eliminada. Foram 56 faltas registradas em três jogos. Não por acaso foi a equipe com o maior número de cartões amarelos: 14 dos 166 distribuídos pela arbitragem na fase de grupos. No total, a média é de 3,5 cartão amarelo por partida.
O número de vermelhos ainda está baixo. Foram apenas dois, sendo um deles para o técnico português Paulo Bento, da Coreia do Sul, que será a adversária do Brasil nas oitavas de final. O único jogador expulso foi o camaronês Aboubakar, justamente na vitória da equipe africana sobre a seleção brasileira por 1 a 0, nesta sexta.
Em número de pênaltis, a Copa do Catar registrou menor quantidade em comparação ao Mundial russo, quando houve a estreia do VAR. Foram 14 contra 24, em 2018, somente na fase de grupos. Mas a competição do Oriente Médio conta com recorde de penalidades defendidas: cinco. A última delas na vitória do Uruguai sobre Gana por 2 a 0. A cobrança foi desperdiçada pela equipe africana quando o placar estava em 0 a 0.