Economia Empréstimos

Aposentados do Paraná repudiam atitude dos bancos que suspenderam consignados

Assessoria de Imprensa

Divulgação/Assessoria SMC

Durante encontro do Departamento dos Aposentados do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) em conjunto com a seção estadual do Paraná do Sindicato Nacional dos Aposentados – Sindnapi, na manhã deste sábado (18), na sede do SMC, os mais de 170 aposentados presentes aprovaram uma moção de repúdio contra a atitude dos bancos de suspender os empréstimos consignados após o governo reduzir os juros do serviço.

“Aprovamos essa moção com nossos aposentados para mostrar a insatisfação com a atitude dos bancos. É uma atitude arbitrária e desrespeitosa contra esses trabalhadores que durante toda sua vida ajudaram com seu trabalho na construção do país e mostra como os bancos não estão nem um pouco comprometidos com o Brasil”, diz Sérgio Butka, presidente da Força Sindical do Paraná, aos quais o SMC e o Sindnapi são filiados. Confira a íntegra da moção de repúdio mais abaixo.

O encontro do Departamento dos Aposentados do SMC reuniu mais de 170 trabalhadoras e trabalhadores aposentados. Além de discutir a organização da luta por mais valorização, os aposentados tiveram palestras sobre saúde, educação financeira, o combate à violência contra idosos e sobre como funciona a revisão para vida toda do INSS.

“Depois da pandemia, estamos retomando nossas atividades visando reorganizar os trabalho dos aposentados na luta por uma melhor qualidade de vida”, resume o coordenador do Departamento dos Aposentados do SMC.

CONFIRA A ÍNTEGRA DA MOÇÃO DE REPÚDIO SOBRE A ATITUDE DOS BANCOS CONTRA OS APOSENTADOS:

“Moção de repúdio dos metalúrgicos aposentado em relação à atitude dos bancos contra os aposentados

O Departamento dos Aposentados do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, em conjunto com a seção estadual do Paraná do Sindicato Nacional dos Aposentados – Sindinapi – vem, por meio desta, apresentar seu repúdio ao comportamento dos bancos contra os aposentados brasileiros. Suspender o serviço dos empréstimos consignados aos aposentados por uma birra com o governo, motivada pela sede desenfreada de lucro, é um ataque frontal e uma falta de respeito gigante àqueles que dedicaram sua vida a construir o país. Tal atitude mostra que toda aquela propaganda dos bancos usando crianças para pedir “respeito” e um “mundo melhor” não passa de uma grande mentira. O que querem é lucrar a todo custo, nem que para isso seja preciso estrangular o clientes. Mostram que estão contra o Brasil. Baixar os juros é garantir a busca por uma melhor qualidade de vida para nossos aposentados. É garantir um país mais desenvolvidos. Manifestamos nosso apoio a qualquer atitude que seja para beneficiar o povo brasileiro, principalmente, os aposentados.

Curitiba, 18 de março de 2023

Departamento dos Aposentados dos Metalúrgicos da Grande Curitiba
Sindicato Nacional dos Aposentados no Paraná
Sérgio Butka – Presidente da Força Sindical do Paraná”

A Febraban também divulgou nota sobre o assunto. Leia abaixo:

Esclarecimentos sobre Crédito Consignado

Cada banco associado da Febraban segue sua estratégia comercial de negócio na concessão, ou não, da linha de crédito consignado para beneficiários do INSS, diante da decisão do Conselho Nacional de Previdência Social de reduzir o teto de juros dessa modalidade de crédito.

O setor financeiro já havia se manifestado junto ao Ministério da Previdência e ao INSS, afirmando que, neste momento, considerando os altos custos de captação, eventual redução do teto poderia comprometer ainda mais a oferta de empréstimo consignado e do cartão de crédito consignado.

Os patamares de juros fixados precisam ser compatíveis com a estrutura de custos do produto, em observância às normas do Conselho Monetário Nacional que determinam o controle da viabilidade econômica da operação de consignado, nos termos da Resolução CMN 4.294/2013.

Os novos tetos têm elevado risco de reduzir a oferta do crédito consignado, levando um público, carente de opções de crédito acessível, a produtos que possuem em sua estrutura taxas mais caras (produtos sem garantias), pois uma parte considerável já está negativada.

As duas linhas de crédito consignado do INSS (empréstimo e cartão) têm um saldo de R$ 215 bilhões, com 7,6 bilhões de concessão em janeiro de 2023 e média mensal de concessão, nos últimos 12 meses, de R$ 5,2 bilhões, alcançando hoje cerca de 14,5 milhões de tomadores, com um ticket médio de R$ 1.576,19. Do total de tomadores do consignado do INSS, 42% desse público são pessoas negativadas em birôs de crédito, sendo que, praticamente, são as únicas linhas acessíveis a esse público mais vulnerável.

Inciativas como essas geram distorções relevantes nos preços de produtos financeiros, produzindo efeitos contrários ao que se deseja, na medida em que tende a restringir a oferta de crédito mais barato, impactando na atividade econômica, especialmente no consumo”, diz a nota.